quinta-feira, 16 de outubro de 2008

QUANDO A FOLHA FOI USADA PARA DESTRUIR MARTA

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do blog do Favre

Em abril de 2001, a Folha de São Paulo, onde pontificam Clovis Rossi e Jânio de Freitas, foi responsável por publicar uma peça publicitária de autoria do Sr. Claudio Humberto que reproduzo a seguir. O autor da publicidade pagou para a Folha espaço nobre de 1/4 de página e depois dos editores do jornal tomaram conhecimento do conteúdo da publicidade, autorizaram sua publicação.

Nem Clovis Rossi, nem Jânio de Freitas, nem nenhum dos editorialistas do jornal fizeram nenhum comentário, após a publicidade ter sido publicada na Folha, em página nobre. Só o ombudsman, na época, considerou que a Folha “errou”.

A peça abjeta não insinuava nada, não induzia nada, proclamava uma violenta ofensa a honra, a privacidade e com terrível dano moral.

Eu afirmo: a Folha foi a primeira responsável para a campanha que durante os 7 anos seguintes foram feitos contra Marta e contra mim.

Idelber Avelar, no artigo que reproduzi aqui ontem, ficou tão chocado, que se recusou a linkar o conteúdo. Eu o reproduzo para vocês saberem com quem estamos lidando em matéria de ética.

O juiz que condenou a Folha em primeira instância (o processo continua porque a Folha não aceitou a sentença e recorreu), diz na sua sentença contra a Folha:

“Vale lembrar que a ré (Folha) publica o jornal de maior circulação do país e é lamentável que se preste a vender o espaço no jornal para publicação de matéria puramente ofensiva a honra alheia e sem qualquer interesse público.

Por ter publicado o “informe publicitário”, mediante remuneração, sabendo do seu conteúdo vastamente contaminado por grosserias e ataques à honra do autor, inevitavél a condenação da ré (Folha) a indenizar o autor pelo dano moral suportado.”

O juiz acrescenta, justificando o valor da indenização que isso “desetimula a ré (Folha) de prosseguir na publicação de “informes publicitários” ofensivos a honra alheia.”

Reitero, nenhum dos hipócritas defensores da “vida pessoal” hoje, escreveu nunca uma mísera linha contra a Folha e em nossa defesa.

A Folha foi a responsável, reproduzindo na suas páginas o repugnante texto contra Marta, na época a Prefeita de São Paulo, e contra mim, cheio de mentiras e ofensas, por uma boa parte da famosa “rejeição” que ajudou a propagar nas suas páginas.

Até hoje ela não se desculpou, nem reconheceu sua responsabilidade e ainda está recorrendo da sentença.

Clovis Rossi não sentiu asco. E o gigantesco movimento em defesa do respeito a vida privada de Kassab, ficou calado perante a ignomínia.

Onde estavam os indignados de hoje.

Luis Favre

PS - Porque a Folha não reproduz este meu texto e o conteúdo do “informe publicitário” e volta a falar de respeito a vida pessoal?


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Fonte: Vi o Mundo

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