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por Luiz Carlos Azenha
Os últimos eventos da campanha do republicano John McCain se transformaram em shows de intolerância. No formato de "town hall", ou seja, com acesso do público ao microfone, os comícios incluem desabafos apaixonados.
É difícil determinar o envolvimento da assessoria de McCain na armação do jogo de cena. É certo que é considerável, já que vários dos encarregados de apresentar a chapa republicana aos eleitores se referem ao adversário democrata como "Barack Hussein Obama".
Os gritos de "Obama terrorista" já se tornaram comuns.
A governadora do Alasca, Sarah Palin, faz o papel de "cão de guarda". É a encarregada de relembrar a relação entre Obama e Bill Ayers, um ex-integrante do grupo Weathermen, que promoveu a luta armada nos anos 60 e 70.
Obama e Ayers se conheceram em Chicago, anos mais tarde, quando ambos faziam militância comunitária.
A campanha democrata certamente acusou o golpe. Passou a lembrar que quando Ayers fez "terrorismo" Obama tinha apenas 8 anos de idade. E que Ayers, em Chicago, teve envolvimento político com republicanos e democratas.
Além disso, passou a acusar John McCain de promover a baixaria. O republicano andou pedindo a apoiadores que "peguem leve" nas demonstrações de partidarismo.
John Lewis, um deputado democrata que teve participação na luta pelos direitos civis, acusou a campanha republicana de "plantar as sementes do ódio e da divisão".
Não há nenhuma dúvida de que a crise econômica dominará a campanha presidencial nos Estados Unidos até o dia 4 de novembro.
Os eleitores consideram Barack Obama mais apto a lidar com as consequências dela, o que se reflete nas pesquisas de opinião.
Acusar o democrata de "terrorismo" por associação e transferir o debate para a questão racial são decisões conscientes da campanha de McCain, numa tentativa desesperada de mudar de assunto.
Fonte: Carta Capital
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