quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Crise nos EUA - Ajudando o eleitor, que ninguém é de ferro

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por Luiz Carlos Azenha

O Senado dos Estados Unidos deve votar esta noite uma nova versão do pacote de ajuda aos mercados financeiros de U$ 700 bilhões de dólares.

Seria uma forma de colocar pressão na Câmara dos Representantes, que rejeitou a primeira versão da proposta por 228 a 205 na segunda-feira, levando a uma queda histórica das bolsas de valores.

A nova proposta virá carregada de incentivos aos contribuintes americanos, como desconto adicional no imposto de renda para quem tiver filhos, abatimento de imposto para empresários que investirem em pesquisa e desenvolvimento de fontes alternativas de energia, ajuda para vítimas de tempestades.

Os democratas falam em aumentar a garantia dada pelo governo aos depósitos bancários de 100 para 250 mil dólares, uma forma de acalmar a população quanto à solidez das instituições financeiras. Essa proposta tem o apoio de Barack Obama, o que pode dificultar a inclusão dela no pacote do Congresso.

É provável que a medida passe sem dificuldades pelo Senado, mas o futuro na Câmara é incerto. Primeiro, porque as duas casas do Congresso americano nem sempre falam o mesmo idioma. Segundo, porque só um terço dos senadores enfrenta eleições em 4 de novembro. Muitos podem se dar ao luxo de votar sem considerar a oposição dos eleitores.

Já os deputados que concorrem à reeleição precisam de motivo para justificar uma eventual mudança de posição. Se 12 deles fizerem isso o pacote de resgate de Wall Street será aprovado na Câmara, provavelmente amanhã.

Fonte: Carta Capital

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