sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A campanha eleitoral dos Estados Unidos é repleta de bizarrices.

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por Luiz Carlos Azenha

A mais recente é o "choro" do candidato a vice-presidente Joe Biden durante o debate com Sarah Palin, a companheira de chapa de John McCain.

Biden falava sobre a morte da mulher em um acidente de automóvel quando engasgou. A mensagem política dele ficou explícita: não é por ser homem, afirmou, que não compreendo as dificuldades do eleitorado.

No Brasil esse tipo de tática eleitoral provavelmente seria notada como tal. Nos Estados Unidos, onde os políticos se apresentam em campanha como personagens de um enredo, essas expressões de dor pessoal, fingidas ou não, contam ponto a favor.

Os dois candidatos a vice passaram 90 minutos cumprindo seu papel: atacando o cabeça da chapa adversária. Pesquisas feitas depois do debate deram a "vitória" a Joe Biden mas é difícil que isso acabe se traduzindo em votos. O senador e a governadora agora vão se recolher à insignificância tradicional dos vices.

Muito embora Biden, numa das frases marcantes da noite, tenha destacado o papel desempenhado por Dick Cheney nas sombras de George W. Bush como "perigoso".

Seja como for, vices não decidem eleição. O debate eleitoral nos Estados Unidos foi completamente tomado pelas questões econômicas. E a posição de John McCain nas pesquisas parece cada vez mais precária.

Por outro lado, o ex-presidente Bill Clinton estreou na campanha de Barack Obama visitando a Flórida. É um reforço de peso nas circunstâncias atuais: a presença física de Clinton lembra os eleitores de oito anos ininterruptos de expansão econômica. O ex-presidente fez questão de lembrar que muitos dos atuais assessores de Obama serviram a ele.

Ou seja, enquanto Obama pode apontar para Clinton como "modelo", John McCain tem que fugir de George W. Bush como vampiro da cruz.

Fonte: Carta Capital

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