. A palavra “manobra”, segundo o Houaiss, quer dizer, também:
4 atitude ou enredo ardiloso; artimanha, astúcia
5 m.q. ilusionismo (’arte de criar ilusão’)
. A Folha (*), especialista em “manobrar” os títulos das reportagens, para fazer com que digam o que a reportagem não diz, “manobrou” uma entrevista do novo Secretário da Receita Federal.
“Decisão sobre MANOBRA (ênfase minha – PHA) contábil da Petrobrás valerá para todos.”
. O novo Secretário da Receita não usa a palavra “manobra”.
. Otacílio Cartaxo diz que já há soluções para o que a Petrobrás fez: como compensar as variações cambiais.
. No Rio, onde fica a sede da Petrobrás, a Receita já considerou que a Petrobrás agiu certo.
. A “regra geral”, diz Cartaxo, é concordar com o que a Receita do Rio fez.
. O assunto vai à decisão do órgão central.
. A discussão parece complicada, mas não é.
. A Petrobrás abateu do Imposto de Renda variações cambiais, e fez isso como CENTENAS de outras empresas.
. O jornal O Globo, notório representante do PiG (**) – clique aqui para ver que o Globo agora passou a chamar o presidente Lula de idiota – inventou que o comportamento da Petrobrás foi uma forma de fraude fiscal: uma “manobra” imperdoável, “ilusionismo”.
. Esse é o principal “objeto” da suposta CPI da Petrobrás, que tem como objetivo tirar o pré-sal do povo brasileiro, para entregar os que contratam palestras do Fernando Henrique a US$ 50 mil, fora o jatinho.
. Portanto, a “manobra” do título da Folha (*) não é inocente.
. Em tempo: o Conversa Afiada publicou uma entrevista com Rosa Maria Araújo, presidente do Museu da Imagem e do Som, do Rio, que acaba de escolher o projeto de Ricardo Scofidio e Elizabeth Diller para a nova sede do MIS, na Avenida Atlântica, no lugar que hoje ocupa a boate Help (que já vai tarde …).
. A Folha (*) entrevista Scofidio na pág. C6, desta segunda feira
. Mas, não trata do projeto em si, da sua excepcional qualidade.
. Nem de sua integração à paisagem da Avenida Atlântica, com as pedras do Burle Marx, e o Pavãozinho ao fundo.
. Não.
. A “manobra” da Folha (*) é outra:
. “ ‘Arquitetura pode ajudar mas não é penicilina’. Para vencedor do projeto do novo MIS do Rio, a arquitetura faz mudança, mas não resolve problemas sociais em áreas degradas.”
. O que quer dizer a Folha (*) ?
. Que o projeto é inútil.
. Que a Avenida Atlântica e o morro do Pavãozinho são “áreas degradadas”.
. Que o novo MIS – ou qualquer outra coisa – não será capaz de recuperar o Rio ou impedir a sua degradação inapelável.
. Como diz o Conversa Afiada, modesta publicação, a elite branca de São Paulo é separatista.
. Talvez, quem sabe, se deva dizer que é separatista, porque é racista (**), para botar logo os pingos nos “i”s.
Paulo Henrique Amorim
(*)Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele acha da investigação, da “ditabranda”, do câncer do Fidel, da ficha falsa da Dilma, de Aécio vice de Serra, e que nos anos militares emprestava os carros de reportagem aos torturadores.
(**)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista
(***) E a elite branca e separatista de São Paulo pensa que o resto do Brasil não percebe isso. É por isso que o Conversa Afiada reafirma que o Zé Pedágio – que está em queda consistente nas pesquisas do Datafolha, do Datafolha (!!!) – tem menos chance de ser Presidente da República do que o Vesgo do Pânico.
Fonte: Conversa Afiada::
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