segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Pesquisa mostra desigualdades de gênero e raça

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A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem) apresentam nesta terça-feira, às 10h30, no auditório do Ipea, em Brasília, os primeiros resultados da terceira edição da pesquisa “Retrato das desigualdades de gênero e raça”, que compara microdados das Pnads 1996 e 2006. O estudo é feito desde 2005.


Entre outros destaques, a pesquisa "Retrato" aponta que cresce a proporção de mulheres chefiando famílias formadas por casais com filhos; que a população negra sofre com uma média de anos de estudo inferior à da população branca; que os negros entram antes e saem mais tarde do mercado de trabalho e ainda aposentam com pensões menores; que o trabalho doméstico é persistente e majoritariamente feminino, negro e informal (sem carteira assinada) e que, apesar da melhora da renda média de negros e mulheres, o homem branco — que perdeu renda na última década — ainda ganha mais.

A pesquisa completa estará disponível no site do Ipea logo após a entrevista coletiva de lançamento.

Veja abaixo, alguns destaques da pesquisa.

Chefia de família

  • Aumento na proporção de famílias chefiadas por mulheres
  • Crescimento do número de famílias monoparentais masculinas
  • Crescimento das famílias formadas por casais com filhos chefiadas por mulheres

Educação

  • Os negros e negras estão menos presentes nas escolas, apresentam médias de anos de estudo inferiores e taxas de analfabetismo bastante superiores.

Previdência e assistência social

  • A cobertura é maior para homens idosos brancos e menor para mulheres negras
  • a grande maioria dos domicílios que recebem benefícios assistenciais é chefiada por negros.

Mercado de trabalho

  • Mulheres ocupadas são mais escolarizadas que os homens ocupados
  • Negros trabalham mais e nas piores ocupações. Entram mais cedo no mercado e saem mais tarde.
  • Meninos negros são as maiores vítimas do trabalho infantil
  • Trabalho doméstico remunerado é, ainda, persistente e majoritariamente feminino, negro e informal (sem carteira assinada)

Habitação e saneamento

  • Domicílios chefiados por negros aqueles que se encontram sempre em piores condições, têm menos água encanada, esgoto e coleta de lixo

Fonte: Ipea

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