quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Não é bem isso, meu senhor

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Richard Fuld, executivo principal do falido Lehman Brothers, com sua pequena fortuna de 300 milhões de dólares.

:: da redação Carta Capital

"Eu me sinto horrível com o que aconteceu". Este é o máximo de contrição e arrependimento mostrado por Richard Fuld, presidente do falido banco de investimentos Lehman Brothers, ao falar em uma audiência do Comitê de Supervisão e Reforma do Governo no Congresso norte-americano.

Fuld, que estava à frente da instituição financeira quando sua bancarrota foi talvez o principal estopim da crise financeira que ameaça deixar a finança mundial à deriva, negou que recebeu 480 milhões de dólares –ou 1,056 bilhão de reais na cotação desta segunda-feira 6–, entre salários e bônus, desde 2000, quando questionado pelo congressista Henry Waxman (Democrata, da Califórnia), presidente do comitê.

Ele corrigiu a cifra de Waxman: foram apenas 300 milhões de dólares –ou 660 milhões de reais pela mesma cotação– , e explicou a razão de receber uma remuneração tão abastada. "Nós tínhamos um comitê de compensação que gastava um tempo imenso só garantindo que os interesses dos executivos e dos empregados eram alinhados com os dos acionistas", comentou.

Resta saber se esse comitê de compensação conseguiu alinhar os interesses provocados pelo enorme rombo que Fuld e seus homens deixaram com os dos contribuintes norte-americanos que, ao que tudo indica, pagarão a conta pela farra dos financistas.

Fonte: Carta Capital

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