MINO: A MÁFIA NO PODER

Aqui, a máfia chegou lá

por Paulo Henrique Amorim

Máximas e Mínimas 1968

Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

“O sol é o melhor desinfetante.”
(Autor anônimo)

. O PiG deu fuga a Mendes.

. A Carta Capital com as denúncias das operações irregulares, ilegais e aéticas do Supremo Presidente do Supremo, Gilmar Mendes, chegou às bancas de São Paulo na sexta-feira por volta do meio dia.

. Clique aqui para ler.

. O PiG de sábado e o PiG de domingo tiveram tempo de tratar do escândalo: o Presidente Supremo é um empresário na ilegalidade.

. O PiG de sábado e o PiG de domingo não dedicam uma mísera linha ao que disse a reportagem irretocável de Leandro Fortes.

. Ao contrário.

. O Globo, na página 32, tem, por cima, uma baboseira de Fernando Henrique Cardoso sobre a crise financeira internacional, cuja arquitetura ele conhece tanto quanto a favela de Heliópolis.

. Clique aqui para ir ao site do Globo.

. Na parte de baixo, sua mais exuberante criatura: o Presidente Supremo Gilmar Mendes flagrado a criticar o aspecto “estatizante” da Constituição.

. Não é à toa, que Mendes abriga nos gabinetes da Corte constitucional pleitos “privatizantes”.

. Clique aqui para ler as denúncias de Luiz Carlos Azenha sobre a indústria do amianto.

. No Estadão, na página A4, há uma foto que ocupa quase toda a página em que Mendes aparece como um César em repouso.

. Clique aqui para ler.

. Isso, na parte de cima da dobra.

. Telefonei agora de manhã para Mino Carta.

. Como se sabe, Mino já jogou o PiG no lixo há muito tempo.

. Contei que o PiG deu fuga a Mendes.

. Mino respondeu: é a máfia no poder. Na Itália, há grupos políticos ligados à máfia. Mas o Poder funciona independente da máfia. Aqui, não. Aqui, a máfia ocupou o Poder.

Em tempo: o Conversa Afiada sente muita falta das “notícias” de Guilherme Bastos, responsável pela coluna “Mercado Aberto”, na Folha (da Tarde *), sobre a “BrOi” e Daniel Dantas. Este silêncio prejudica o completo entendimento do que Dantas, Naji Nahas, Carlos Jereissati e Sérgio Andrade tramam.

(*) Já estava na hora de a Folha tirar os cães de guarda do armário e confessar que foi “Cão de Guarda” do regime militar. Instigado pelo Azenha – clique aqui para ir ao Viomundo – acabei de ler o excelente livro “Cães de Guarda – jornalistas e censores do AI-5 à Constituição de 1989”, de Beatriz Kushnir, Boitempo Editorial, que trata das relações especiais da Folha (e a Folha da Tarde) com a repressão dos anos militares. Octavio Frias Filho, publisher da Folha (da Tarde), não quis dar entrevista a Kushnir.

Clique aqui para ler “Mino Carta vem aí”.

Clique aqui para ler “Mendes acredita em disco voador”.

Fonte: Conversa Afiada

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