Por Luiz Carlos Azenha
A campanha do republicano John McCain chegou a acreditar que, com a aprovação do pacote de ajuda de U$ 700 bilhões ao mercado financeiro, o tema da campanha eleitoral poderia se deslocar da economia para a segurança nacional.
Ao questionar a qualificação de Barack Obama para ser o comandante-em-chefe das Forças Armadas os republicanos esperavam reverter a tendência dos últimos dias, que mostra Obama com uma vantagem consistente nas pesquisas de opinião.
Mas a crise econômica se nega a concordar com os objetivos eleitorais dos republicanos. Nos Estados Unidos já se diz que os planos de previdência privada, conhecidos como 401K, agora são 201K, refletindo as gigantescas perdas das ações da bolsa de Valores de Nova York nos últimos dias.
Como mais de 50% dos norte-americanos têm algum investimento que flutua de acordo com a bolsa, é natural que o tema econômico seja a principal preocupação do eleitorado.
No debate de ontem à noite John McCain apresentou um plano para ajudar os mutuários inadimplentes, mas não foi o suficiente para impressionar os telespectadores. Segundo uma pesquisa da rede CNN os entrevistados favoreceram Barack Obama por 54% a 30% quando perguntados sobre o vitorioso da noite.
As pesquisas diárias de "tracking" do instituto Rasmussen mostram Obama variando entre 50 e 52% nas duas últimas semanas, enquanto McCain tem de 44% a 45%.Mas o mais dramático para o republicano é a vantagem de Obama em pesquisas estaduais em Ohio, Flórida, Nevada, Carolina do Norte, Missouri, Virgínia, Colorado e Novo México. Em todos eles George W. Bush venceu em 2004.
Fonte: Carta Capital
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