terça-feira, 14 de outubro de 2008

Eleições EUA - Espantando o "efeito Bradley"

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por Luiz Carlos Azenha


Assessores do democrata Barack Obama acreditam que o candidato precisa chegar ao início de novembro com margem de mais de 5 pontos de vantagem sobre o republicano John McCain para respirar aliviado.

Temem que se repita em 2008 um fenômeno conhecido como "efeito Bradley", em referência ao democrata negro Tom Bradley, que concorreu ao governo da Califórnia em 1982.

Ele aparecia consistentemente adiante do adversário nas pesquisas de opinião e o jornal San Francisco Chronicle, baseado na boca de urna, chegou a dizer que Bradley seria eleito. Mas o democrata perdeu por pouco. Uma avaliação posterior concluiu que eleitores brancos diziam aos entrevistadores que votariam em Bradley, mas de fato não pretendiam fazê-lo ou mudaram de idéia.

O efeito Bradley poderia custar caro a Barack Obama, especialmente em estados onde a margem de vantagem dele sobre John McCain é reduzida.

Mas, graças ao apoio majoritário do bloco de eleitores independentes, preocupados acima de tudo com o estado da economia, a campanha do democrata parece ter construído uma vantagem sólida em estados-chave.

No Colorado, por exemplo, a pesquisa mais recente dá 52% a 43% para Obama. Em Michigan, 54% a 38%. Em Wisconsin, 54 a 37%. Em Minnesota, 51% a 40%.

Desfazer essa vantagem exigirá muito mais que o medo dos eleitores de eleger um presidente negro.

Fonte: Carta Capital

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