quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Amorim cobra voz para a América Latina na crise financeira

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A América Latina tem que deixar de se sentir unicamente vítima das crises financeiras mundiais e ter voz na tomada de decisões para superá-las, disse o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, na abertura de um encontro de ministros da região no Rio de Janeiro.

Na reunião de chanceleres - preparatória para a Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (CALC), que acontecerá em dezembro na Bahia -, Amorim disse que os chefes de Estado e de Governo poderão aproveitar esse encontro para exporem suas opiniões e propostas sobre a crise financeira internacional.

“É necessário que a América Latina e o Caribe façam ouvir suas vozes nesse tema tão importante. Não é mais possível que nós sejamos apenas aqueles que sofrem passivamente os efeitos das crises que acontecem nos grandes centros econômicos”, afirmou Amorim.

Ao citar declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro disse que os países da América Latina e do Caribe não podem ser apenas os que sofrem as crises; precisam opinar e tomar parte em decisões que os afetam.

Apesar de a crise financeira internacional não estar na agenda de discussões dos ministros, o assunto foi incluído nos debates da primeira sessão de trabalho.

Amorim afirmou que o tema também será incluído na agenda da cúpula de dezembro. “Esperamos que nossos presidentes possam discutir todos os temas, desde comércio internacional, até segurança alimentar e mudança climática e, naturalmente, também a crise financeira internacional”, afirmou.



A CALC, convocada pelo Brasil, está prevista para os dias 16 e 17 de dezembro na Costa do Sauípe, na Bahia.

Amorim destacou que será a primeira vez desde a independência dos países da região em que todos eles se reunirão em uma cúpula regional sem nações de fora da área.

Até agora, as cúpulas das quais todos os governantes da América Latina e do Caribe participaram haviam sido as realizadas com chefes de Estado e de governo da União Européia (UE).

Fonte: Efe

Fonte: Vermelho

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