::
por Luis Nassif
Leitores me perguntam se não vou opinar sobre o caso Kassab-Marta.
Acho abominável usar a vida pessoal de pessoas em disputas políticas ou em sensacionalismo jornalístico. O fato de Marta ter sido sua vida pessoal devassada não autoriza retaliações contra Kassab. Perdeu e bastante com a insinuação.
Agora, entrar nesse jogo de hipocrisias?
Perto da cobertura da mídia, a insinuação do comercial é absolutamente light.
Confira a cobertura da Folha.
O jornal faz um escarcéu sobre o tal comercial do PT. Clóvis Rossi mostra toda sua indignação e, como vingança, solta farpas... sobre a vida pessoal de Marta.
Surpresa? Não. Asco? Sim
MADRI - Não dá para dizer que me surpreende a campanha que Marta Suplicy lançou contra Gilberto Kassab.
Afinal, quando ela recomendou às vítimas do apagão aéreo no ano passado que relaxassem e gozassem, escrevi aqui mesmo que sua frase era parente muito próxima do "estupra, mas não mata", de Paulo Maluf. Uma e outra revelam uma cultura de profundo desprezo pelas vítimas, quaisquer que sejam os eventos que as causam.
Quem mostra dessa maneira asquerosa a sua pior face reincide fatalmente. Marta reincidiu agora. Ajuda-memória: quando Eduardo Suplicy suspendeu uma de suas campanhas para procurar o eixo, Paulo Maluf insinuou para quem quisesse ouvir que a culpa era do comportamento conjugal de Marta, então casada com Suplicy.
Ou seja, como ficou com asco com exploração da vida íntima de Kassab, resolveu levantar as insinuações sobre a vida íntima de Marta, apelando para as insinuações do Maluf.
E como a Folha tratou dessa questão de direito à privacidade do Kassab?
No alto da primeira página, a seguinte manchete:
Pergunto: o que é pior, a chamada do PT ("Kassab é casado? Tem filhos?") ou essa manchete com requintes de crueldade?
Internamente, a manchete principal sobre a sabatina de Kassab ao jornal foi a seguinte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário