quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Folha (*) mostrou como foi o encontro triunfal de Dantas com FHC. (Serra está no meio)

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O encontro do “brilhante” com o falso brilhante

O encontro do “brilhante” com o falso brilhante


O Conversa Afiada publicou post que trata da forma grosseiramente criminosa – segundo a Justiça inglesa, naturalmente – que Daniel Dantas usava (ou usa ?) para falsificar contas de clientes sem autorização de clientes.

Era um Super-Poder: o poder de fabricar contas e, portanto, de fabricar dinheiro.

Uma operação elementar de lavagem de dinheiro.

Clique aqui para ler e ver os documentos que comprovam isso
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O Conversa Afiada também comentou reportagem de Rubens Valente, bravo repórter de Folha (*), um dos últimos dessa estirpe naquele órgão dito de imprensa.

Amigo navegante chamou a atenção, hoje, para um comentário postado no Conversa Afiada.

Refere-se ao memorável encontro – um dos momentos “Péricles de Atenas” do Governo do Farol de Alexandria – de Daniel Dantas, no Palácio do Alvorada, com o então Presidente da República.

O “brilhante” se encontra com o falso brilhante.

O Conversa Afiada faz questão de, agora, destacar este texto.

Em nome do bom jornalismo.

E da cobertura imparcial dos acontecimentos.

Hoje, a Folha toma partido.

O partido do Golpe.

E de “furos” de vários tipos.

A memorável entrevista com Dantas, depois de indiciado, sobre o que ele achou da investigação que o indiciou.

Jornalismo de tipo inglês, americano, coisa finíssima.

Por exemplo, o “furo” da Andréa Michael, o “furo” da iminente prisão de Daniel Dantas, o que permitiu que Daniel Dantas se articulasse para evadir-se.

Por causa desse “furo”, Dantas passou bola para um agente federal, na esperança de não ser incluído na Satiagraha.

Michael quase foi presa, como membro da quadrilha da Dantas.

Outro exemplo, o furo da BrOi.

Seu autor, Guilherme Bastos (é assim que se refere a ele o relatório da Operação Satiagraha), aparentemente, vai trabalhar no iG, hoje controlado pelo empreiteiro e “broieiro” Sérgio Andrade.

Em 2002, a Folha (*) fingia que fazia jornalismo.

Prepare-se para ler um documento histórico, que será emoldurado e pendurado na sala de estar do iFHC


São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 2002
por FERNANDO RODRIGUES

Realinhamento


BRASÍLIA – Mais um exemplo de como o presidente Fernando Henrique Cardoso trabalha nos bastidores para ajudar a candidatura de José Serra ao Palácio do Planalto.
O encontro de FHC com o banqueiro Daniel Dantas, no início deste mês, deveria ser reservado. Vazou. Aos poucos, surgem detalhes da conversa da noite de 3 de maio no Palácio da Alvorada.

Teve participação ativa no contato o empresário Roberto Amaral (**), ex-funcionário de empreiteira (**) e ajudante de FHC nas horas difíceis. Amaral hoje pode pegar em um telefone e falar tanto com o presidente da República como com Daniel Dantas.

O encontro tratou de vários temas. Um deles foi a relação da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) com o Opportunity, o banco de Daniel Dantas.

A Previ anda às turras com o Opportunity. Há risco real de o banco perder ou ver reduzido seu papel de gestor do dinheiro desse fundo. Seria catastrófico para o banqueiro.
Acertou-se então que uma pessoa de confiança do ministro da Fazenda, Pedro Malan, colocará “ordem” (sic) na Previ. Na prática, trabalhará para realinhar os interesses do fundo de pensão com os do banco Opportunity. Grande negócio.

Esse realinhamento pode não ter nada de ilegal. É uma decisão política. Trará frutos imediatos. Daniel Dantas é um dos responsáveis, não o único, pela onda de notícias desagradáveis sobre o processo de privatização. A idéia de ter havido um “propinoduto” em favor de gente ligada a tucanos não é boa para Serra.

Pacificada a Previ com o Opportunity, supõe-se que Daniel Dantas vá ser uma aresta aparada nesse jogo de contra-informação.

O realinhamento pode durar pouco. Por razões diferentes, Lula (PT) e Serra (PSDB), no Planalto, criarão obstáculos para o banqueiro recebido pelo presidente. Mas esse é um problema para o longínquo 2003. Por enquanto, FHC faz a sua parte a favor de si próprio e de Serra.

Em tempo: a diminuta brigada dos jornalistas que cobrem Daniel Dantas e não fazem parte do Sistema Dantas de Comunicação – clique aqui para ler – sente falta do Fernando Rodrigues. Outro assunto que ele domina com maestria é o “Dossiê Cayman” e a suposta (como diria a Folha (*)) conta dos tucanos em Luxemburgo. PHA

(*)Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele acha da investigação, da “ditabranda”, do câncer do Fidel, da ficha falsa da Dilma, de Aécio vice de Serra, e que nos anos militares emprestava os carros de reportagem aos torturadores.

(**) Roberto Amaral se deu mal. Está na lista dos indiciados com Daniel Dantas à espera de decisão do corajoso Juiz Fausto De Sanctis. Pior ainda: a Polícia Federal capturou na casa do Amaral notável coleção de CDs, HDs, pen-drives. Como disse aquela autoridade ao Mino Carta, sobre os HDs do Daniel Dantas: se abrirem esse troço, o Brasil pára por dois anos …

(**) A empreiteira referida é a Andrade Gutierrez, de Sergio Andrade, que, associado a Carlos Jereissati, recebeu do BNDES a patranha da BrOi, o quase monopólio da telefonia fixa no Brasil, sem botar um tusta. PHA

Fonte: Conversa Afiada

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