por Paulo Henrique Amorim
A colonista (*) Mônica Bergamo da Folha (**) tem uma carreira de estilo “repórter selecionadamente intrépida”.
Ela é implacável.
De um lado só.
Dá furos espetaculares.
De um lado só.
O mesmo.
Ultimamente, ela pegou o presidente Lula a dizer um palavrão, numa conversa de padrinho com pai do afilhado de casamento.
Surpreendeu, aí, o presidente Lula a relembrar o episódio da manipulação que a Globo fez do debate entre ele e Collor e ajudou Collor a ganhar a eleição.
Dois dias depois, a intrépida colonista (*) deu abrigo na embaixada da Folha (**) a uma explicação sensacional do Ali Kamel: a Globo foi vitima de sua boa fé …
Coitadinha da Globo.
Pobre Roberto Marinho, tão ingênuo, tão vulnerável.
Mas, sabe como é, a Mônica precisava ouvir “o outro lado”.
Quer dizer.
O mesmo lado.
Foi ela quem deu o furo de primeira página de que a Ministra Dilma tinha uma doença gravíssima, sem dizer que era câncer.
Foi um furo sensacional.
Não tinha confirmação de nenhum médico.
De nenhuma fonte com nome e sobrenome.
Se o Zé Pedágio tivesse feito o cateterismo de que se suspeita – ela teria dado a notícia ?
Se, por acaso, o Fernando Henrique Cardoso fosse casar de novo ?
Ela daria a notícia, assim, sem que o FHC soubesse, antes ?
Com fonte anônima ?
Não, a intrepidez é selecionada.
A intrepidez vai numa direção só.
Agora, por exemplo.
A Folha (**) nem a Mônica achou necessário informar que a Ministra Dilma tem tanta chance de ter um novo câncer quanto qualquer outra pessoa.
Não, desse lado, a intrepidez não se justifica.
(*)Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(**)Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele acha da investigação, da “ditabranda”, do câncer do Fidel, da ficha falsa da Dilma, de Aécio vice de Serra, e que nos anos militares emprestava os carros de reportagem aos torturadores.
(***)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Fonte: Conversa Afiada::
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