sexta-feira, 12 de junho de 2009

Marina presidente

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Cresce o movimento para que a senadora Marina Silva assuma sua candidatura à Presidência da República em 2010.

Por Celso Marcondes

Cresce o movimento para que a senadora Marina Silva assuma sua candidatura à presidência da República em 2010.

No site http://marinasilvapresidente.ning.com/, há mais de um mês no ar, 1.782 pessoas assumem como membros da campanha, dizendo;

“Este é um movimento apartidário e não-institucional para que Marina Silva seja Presidente do Brasil. Identificamos em Marina uma forte liderança política e ambientalista com capacidade para assumir a Presidência da República.

Apostamos na candidatura dessa mulher, brasileira e planetária, com potencial político e pedagógico para expressar a emergente – e emergencial – transição para a Democracia com Sustentabilidade. Marina tem força para concretizar as mudanças e transformações fundamentais que poucas lideranças políticas, hoje, teriam a capacidade de acessar para tornar realidade.”


Entre os assinantes, não identifiquei nenhuma personalidade ou político conhecido. Mas o movimento toma corpo. No site, tem até material de campanha disponível.

Até aqui, não apareceu nenhum desmentido oficial do gabinete da senadora. Pelo contrário. Na semana passada aconteceu uma reunião em São Paulo, com um grupo de cerca de 50 pessoas - entre ambientalistas, políticos, empresários e personalidades - promovida por um instituto que atua na defesa do meio ambiente. Esta reunião, além de discutir a elaboração de um importante manifesto, debateu intensamente a viabilidade da candidatura de Marina.

Evidentemente, há um obstáculo grande para isso: Marina é filiada ao PT, que está fechado com a ministra Dilma, em alta nas pesquisas. Ou seja, a senadora teria que sair do PT, com o qual tem uma ligação histórica. E há prazo para isso. O destino natural seria o PV, mas parte dos presentes avaliou que este partido teria que, antes, resolver uma série de problemas internos. Por conta disso, iniciou-se nos bastidores um difícil processo de discussões entre emissários dos defensores da candidatura de Marina e o Partido Verde.

Enquanto isso, a aprovação pelo senado da Medida Provisória 458, da regularização fundiária na Amazônia, fez com que a senadora assumisse a liderança de um movimento de pressão para que o presidente Lula não referende pelo menos três dos artigos da MP. Nas entrevistas que tem dado e nos artigos que escreveu a senadora subiu o tom das críticas. No portal Terra Magazine ela escreveu, num artigo chamado, sintomaticamente, “Nas mãos do Presidente”:

“A aprovação da Medida Provisória (MP) 458/09, semana passada, no Plenário do Senado, foi o terceiro momento mais triste da minha vida. O primeiro foi quando, ainda adolescente, perdi minha mãe, duas de minhas irmãs e meu tio, num curto espaço de tempo. O segundo foi quando assassinaram Chico Mendes. Agora, meu luto é pela Amazônia”.

Espera-se que até o meio de julho o presidente se posicione a respeito da MP. É o tempo para prosperarem ou não as conversas com o PV. Para alguns, a aprovação da MP 458 pode ser a gota d’água que faltava para empurrar a senadora para um novo desafio na sua atribulada vida.

Fonte: Carta Capital

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