quinta-feira, 18 de junho de 2009

Exclusivo: SP - MIS e Museu da Casa Brasileira na mira do MP

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A edição de Fórum que está chegando às bancas e à casa dos assinantes nesta semana traz uma matéria tratando de irregularidades que estão sendo apuradas pelo Ministério Público em dois museus paulistas: o Museu da Imagem e do Som (MIS) e o Museu da Casa Brasileira.

Ambos tiveram sua administração entregue às organizações sociais, a famigerada fórmula consagrada pelo tucanato (mas não utilizada com exclusividade por eles) que terceiriza até mesmo a gestão de hospitais.

Segundo o Ministério Público, “há irregularidades que constatam valores desviados por dois grupos que se valeram de bens e espaços públicos para obter vantagens indevidas".

Você viu essa notícia em algum outro órgão de grande imprensa?

A partir de agora ninguém vai poder alegar falta de conhecimento. A reportagem completa está na edição impressa da Fórum e a partir de hoje também está aberta no site.

O mais constrangedor na matéria é que alguns dos citados na investigação do Ministério Público, gente com currículo abonador, diga-se de passagem, foram procurados pela reportagem e ou negaram-se a dar entrevistas e não se dignaram a responder à solicitação encaminhada ou deram informações insuficientes.

O ex-diretor do MIS Amir Labaki atendeu ao repórter de Fórum por escrito e afirmou não poder se manifestar sobre o caso em respeito ao "segredo de justiça ao procedimento civil”. O jornalista afirmou que acompanha “a investigação com tranquilidade” e confia na Justiça. Já a ex-diretora do MCB Adélia Borges não retornou aos telefonemas com pedido de entrevista.

A fotógrafa Graça Seligman, ex-diretora do MIS, indicou seu advogado, Ricardo Tepedino, para falar sobre o assunto. Ele, no entanto, não quis se manifestar sobre as investigações. A pedido de suas secretárias, os arquitetos Carlos Bratke e Ricardo Ohtake receberam as soclitações de entrevista por correio eletrônico e foram informados dos assuntos a serem tratados. Nenhum dos dois respondeu à mensagem.

Este blogue não está dizendo que a realização de uma investigação enseje culpa. Mas considera que da mesma forma que funcionários da Petrobras e gente do MST precisam se explicar quando alguma denúncia bate à porta, seria de bom tom que artistas e gente da cultura, das artes e da nossa inteligência fizesse o mesmo.

Vejam só, o dinheiro do qual está se tratando é público. Ou seja, o tema é de interesse público. Por isso, tenho certeza de a nossa doce mídia não vai ignorar mais este furo de reportagem da Fórum. Ou vai?

Fonte: Blog do Rovai - Revista Fórum

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