sábado, 25 de abril de 2009

A história de um povo

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O massacre em Gaza no começo de 2009 é apenas mais um episódio da história da dominação israelense na Palestina.

por Camila Martins*

No período entre o final do ano de 2008 e janeiro de 2009 mais um banho de sangue aconteceu. O exército israelense “em resposta” aos foguetes lançados pelos Hamas - Movimento de Resistência Islâmica, que em 2006 ganhou as eleições palestinas com 56% dos votos - promoveu um verdadeiro genocídio contra a população da Faixa de Gaza. Mais de 1300 foram pessoas mortas, e entre elas mais de 400 crianças, desencadeando uma crise humanitária.

A violência foi tão absurda que foram bombardeados duas escolas da ONU, e um armazém que abrigava refugiados e armazenava mantimentos, inclusive os que foram enviados pelo governo brasileiro, tendo como pano de fundo a declaração da chanceler Tzipi Livnil, que disse “quando Israel for atacado, retaliará.”

E isso foi o mais ouvido nos últimos tempos. Para a grande mídia e as principais potências, dando maior destaque aos Estados Unidos, Israel é uma vítima dos ataques terroristas do Hamas, tendo total direito de se defender, e invadir Gaza por terra para exterminar os membros da facção.

O que não é revelado, é que a ocupação israelense inclui áreas não legalizadas pela ONU.A partir dessa afirmação o conflito muda de perspectiva, o Hamas, um grupo de milicianos armados, que se tornou um partido político, torna-se junto de todos os palestinos, um movimento de resistência contra o império militar e da tentativa de colonização.

A Palestina Histórica

A chamada Palestina Histórica é todo o território que engloba hoje Faixa de Gaza, Israel, e Cisjordânia. Antes da decisão de construir lá um estado judeu, que implicaria na desapropriação de terras de árabes que a habitavam há séculos; a região fazia parte de uma grande extensão interligada ao mundo árabe.

Com o histórico de sucessivos golpes dos grandes impérios, no século XIX a Palestina fica sob o comando do Império Turco-Otomano, somando cerca de 500 mil habitantes. Entre eles a pluralidade religiosa, muçulmanos, cristãos, e judeus conviviam em harmonia e tinham os mesmos direitos, mesmo sendo a grande maioria muçulmana, cristalizando a sua cultura na região. Ainda na ocasião, o número de cristãos não somavam 10%, os de judeus, nem 5%.

Sionismo: o nacionalismo judeu

Ainda no final do século XIX os judeus sofrem um duro golpe: O governo czarista resolve culpá-los por todo mal que vinha sofrendo o povo russo, milhares são mortos. Em meio a essa complicada situação, buscando refúgio nos outros países da Europa, o judeu nascido em Budapeste, Theodor Herzl, publica no final do século XIX, um documento que diz que os judeus deveriam ter a sua própria terra, onde eles mesmos sejam os senhores.

Tais idéias são inspiração para o Sionismo, corrente política que defendia a criação de um estado exclusivamente judeu. Depois de estudarem lugares como Uganda, Argentina, e até mesmo a Amazônia, chegaram a conclusão que o melhor lugar seria a Palestina, já que essa era a terra prometida por Deus.

Assim, em 1897, é realizado o 1º Congresso Sionista, onde abertamente propuseram um projeto colonial para a Palestina, com a intenção de tornar ali definitivamente o seu lar. Nesse mesmo congresso fica instituída a criação de uma agência de propaganda, para divulgar e incentivar a imigração judaica para a Palestina, mobilizando cada vez mais pessoas que iam em busca da nova terra. A adesão se intensifica quando em 1917 o governo inglês, agora exercendo seu comando sobre a Palestina, aprova a criação de um Lar Nacional Judaico naquelas terras.

“Isso foi uma grande loucura. O debate no âmbito do direito internacional não aceita essa reivindicação, porque se você considerar que quem morou há mais de dois mil e quinhentos anos atrás em determinada terra tem direito a ela, é preciso devolver os Estados Unidos aos índios cherokees, povo que morava lá originalmente. O direito a terra é de quem nela habita e toma conta”, diz o sociólogo e arabista Lejeune Mirhan, que tem uma coluna no site www.vermelho.org há sete anos inteiramente dedicada ao Oriente Médio.

Com tal notícia o povo árabe começa a se alarmar e perceber que com o fluxo imigratório, em poucos anos eles seriam substituídos pelos estrangeiros. Diversos conflitos acontecem, prenúncio do que estaria por vir.

Com a ascensão de Hitler e a intensificação do anti-semitismo na Alemanha nazista, outro pico de imigração é registrado, só em 1935 são 65 mil judeus entrando na Palestina. O governo inglês, percebendo a dimensão do problema que estava se formando, e os conflitos entre os grupos que poderiam acontecer, tenta barrar a entrada de mais judeus na região. E é nessa ocasião que os judeus rompem com a Inglaterra para aliarem-se ao país que é seu braço direito até hoje, os Estados Unidos

Israel: Estado Bandido

Visando expandir seu poder e influencia no Oriente Médio, os Estados Unidos tem um papel protagonista nessa história. Ainda para Mirha, “Quando o comércio era basicamente marítimo, todas as rotas que saiam da Índia e da China para chegar a Europa passavam pela Palestina para atravessar o Mediterrâneo, tornando a região estratégica. Já no século XX, desgraçadamente os Estados Unidos fizeram um furinho e descobriram que o Oriente Médio é a região mais petrolífera do mundo, sendo necessário colocar ali uma cabeça de lança que defendesse seus interesses. A solução foi apoiar a criação de um Estado totalmente artificial.”

Incentivando a imigração para a Palestina, os americanos financiavam a compra de armamento pelos judeus, que embasados na idéia do “soldado cidadão” treinavam seu povo militarmente para combate. E é essa força militar que é usada em atentados contra aldeias palestinas, como no episódio do massacre da aldeia de DERIASSIM, dois anos antes da criação do Estado de Israel, onde 247 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas pelo grupo judeu sionista Irgun.

Mas esse e outros atentados contra os palestinos não ganharam repercussão. O mundo, principalmente a Europa, se sentia culpado pela conivência que tiveram com os crimes cometidos durante o Holocausto, e a maneira de se redimir foi colocar a questão judaica em primeiro plano.

A criação do Estado de Israel se tornou pauta na agenda internacional, até que em reunião na sede da Organização das Nações Unidas, em Washington, durante uma votação apertada, 33 votos a favor – incluindo o do Brasil e da União Soviética, e 30 contra; ficou declarado oficialmente que a partir de 14 de maio de 1948, o mapa do mundo ganharia mais um país, Israel.

Para o sociólogo a resolução da ONU foi polêmica, implicando na criação de dois Estados, o de Israel e o Palestino, sendo que o primeiro teria 52% das terras, e o segundo 48%.

“Todos os países árabes votaram contra Israel, pois aqueles que antes eram donos de 100% da terra perderam em uma assinatura 52% dela. Sem contar que as terras israelenses eram as mais aráveis, os palestinos ficaram com a parte mais seca. Hoje chamamos Israel de estado bandido porque a única resolução da ONU que o estado acatou foi essa, todas as outras ele descumpre. E isso foi possível ver nesta última ocupação em Gaza, com o uso indiscriminado de fósforo branco.”

Anakba

Enquanto os judeus comemoravam sua vitória, e os sionistas se preparavam para ser o grupo político hegemônico dentro do novo país, o dia 14 de maio de 1948 foi para os palestinos o dia da Anakba, que em árabe quer dizer catástrofe.

O território palestino foi limitado às regiões da Faixa de Gaza, Cisjordânia, e parte oriental de Jerusalém, e as pessoas que viviam onde se construiria o novo país foram violentamente retiradas de suas casas pelo embrião do poderoso exercito israelense, dando início à saga dos refugiados palestinos.

“Quando Ben-Gurion proclama o Estado de Israel, ele traz junto de seu projeto imperialista travar uma guerra contra seus vizinhos, e ocupar seus territórios, e é isso que vemos até hoje. Os Estados Unidos financiam as invasões israelenses, eles tem uma ligação umbilical tão estreita que todo o ano separam 5 bilhões de seu orçamento para ser enviado a Israel”, revela Lejeune Mirhan.

E o sociólogo continua: “Desde a fundação do Estado de Israel existia um projeto chamado ‘Grande Israel’, que consistia na ocupação de toda a Palestina, o Sinai, o Sul do Líbano, e parte do Egito. Tanto que em 1967, Israel monta uma grande ofensiva militar que fica conhecida como Guerra dos Seis Dias, momento em que o exercito israelense pegou todos os países árabes de surpresa, dizimando toda a força aérea egípcia, síria e jordaniana, sem antes delas terem conseguido decolar.”

Nesse momento Israel expande consideravelmente suas fronteiras – antes da Guerra dos Seis Dias o território palestino já estava restrito a 22%, conseqüência de constantes ocupações – limitando a Palestina àquilo que é hoje, apenas 8% de toda a terra.

Mesmo a ONU considerando totalmente ilegais as terras conquistadas nesse episódio, e votando a resolução 242 que exigia a retirada de todos os assentamentos israelenses em terras árabes, Israel nunca a cumpriu.

A resistência palestina

O povo palestino, ao perder seu território, perde também a sua dignidade. A condição de refugiado em outros países árabes, ou mesmo dentro da pequena porção de terra que lhe sobrou é precária, sem infra-estrutura, mas mesmo assim a luta pela libertação é um sentimento em comum.

A resistência a ocupação israelense sempre existiu, mas foi só em 1958 que se constituiu a primeira unidade de luta palestina, o Fatah, frente popular fundada por Yasser Arafat. Mesmo com a morte de Arafat em 2004, seu nome e sua luta pela paz é uma referência ao povo palestino e ao mundo.

Mas nesse primeiro momento o Fatah é considerado uma organização ilegal, tendo como princípio negar a existência do Estado israelense. Para isso era preciso treinar seus militantes, sendo sua principal atuação os atentados com bombas.

Logo após nacionalizar o Canal de Suez, enfrentando a Inglaterra, quando o líder egípcio Nasser propõe a criação de uma organização que trabalhasse pela libertação da Palestina, assim em janeiro de 1964 todos os líderes árabes se juntam para fundar a OLP, Organização pela Libertação da Palestina, cujo lema é “União, Mobilização, e Libertação.”

Em pouco tempo Arafat se tornaria presidente da OLP, e em decorrência das atrocidades geradas pela Guerra dos Seis Dias sua posição se radicaliza, seria preciso pegar em armas e lutar pela construção do Estado Palestino, lugar onde muçulmanos, judeus, e cristãos viveriam em paz.

Com isso o conflito armado se eleva ao primeiro plano, em um período de mais de vinte anos muitas pessoas sofrem com as calamidades provocadas por uma constante guerra, sem contar as milhares de mortes de ambos os lados. Muitos líderes da OLP são mortos no mundo todo, em contrapartida atentados são cometidos contra os israelenses.

Yasser Arafat leva mais uma vez o assunto para a ONU tendo como arma de troca a exportação do petróleo produzido no Oriente Médio, Arafat faz um apelo a todos os países em prol da causa palestina, proclamando sua célebre frase: “Sou um rebelde, minha causa é a liberdade.” Mais uma vez, nenhuma atitude da comunidade internacional.

Mobilizados contra os excessos da ocupação, os refugiados palestinos do campo de Jabaliyah iniciam, em 1987, a primeira Intifada, uma manifestação que levou pessoas ás ruas empunhando pedras e paus contra as armas e fuzis israelenses. A Intifada ganhou repercussão internacional quando foram divulgadas fotos de soldados israelenses abusando de palestinos, quebrando suas mãos e braços, assim como determinavam as ordens de seu governo.

Ciente da batalha assimétrica, e do abuso de força promovida por Israel, a OLP recua a sua posição e Yasser Arafat vai a Genebra declarar o reconhecimento da existência de dois Estados, um Israelense e outro Palestino, e que a partir daquele momento rejeitaria todas as formas de terrorismo em favor da luta pela Paz.

A primeira reação de Israel é a desconfiança, além de manter a posição que a OLP era um grupo terrorista, por isso não a reconheciam nem dialogariam com a organização. Mas devido às pressões internacionais em 1993 é assinado o acordo de Oslo, que consistia no esforço de ambos os lados para a criação do Estado palestino ao lado do israelense.

Uma das resoluções do acordo é a criação da ANP, Autoridade Nacional Palestina, uma espécie de governo sem Estado, que através de eleições diretas elege seu presidente. O primeiro foi Arafat, em 1996.

O Hamas

É durante a primeira Intifada, em 1987, que nasce o Movimento de Resistência Islâmica, o Hamas, fundado pelo xeque Àhmede Ýassin e seus tenentes. A principal influência sobre o Hamas é a Fraternidade Muçulmana, movimento islâmico do Egito, religioso extremista, que atingiu caráter de grupo político.

Opondo-se à decisão do Fatah de reconhecer a existência do Estado de Israel, o Hamas resgata a origem do grupo de Arafat e diz em sua carta de fundação que não aceita a existência de Israel, preconizando uma Palestina islâmica que abrigue diversas religiões em seu território.

Seguindo a tradição dos grupos de resistência, o Hamas, além de se engajar no debate político e promover programas assistencialistas para a população, mantém o seu braço armado, as chamadas Brigadas Azzeddine AL-Qassam, responsáveis pela produção e lançamentos dos foguetes caseiros em direção ao território israelense.

Em pouco tempo a reação violenta do Hamas, em resposta a ocupação,foi considerada como prática terrorista pelos Estados Unidos, União Européia e Japão.

“Acontece que o conceito de terrorismo depende mais de quem o aplica que da realidade. Quando os israelenses ajudaram o Hamas a firmar-se, os terroristas eram os seguidores do arqui-inimigo Yasser Arafat, mas as posições se inverteram quando o Hamas venceu as eleições. Sem contar que se terrorismo for o ato de atacar o inimigo matando inocentes, então todos os lados praticam terrorismo, e se estes forem medidos quantitativamente a balança de atos de terror pende mais para Israel, praticando terrorismo de Estado.”, diz o Embaixador brasileiro Arnaldo Carrilho, que atua junto ao Mecanismo ASPA (América do Sul – Países Árabes), e é ex-representante junto à ANP.

As eleições a que o Embaixador se refere à cima foram as eleições para o Parlamento Palestino, em 2006, que o Hamas, já consolidado como um grupo político, atingiu 56% da preferência popular, tornando-se maioria. E Carrilho acrescenta, “As eleições demonstraram o apoio do povo palestino ao Hamas, quando até cristãos depuseram seus votos nas urnas favoráveis aos candidatos do movimento. Com esses últimos ataques a Gaza o apoio deve ter aumentado, mas só um sufrágio límpido e transparente, como foi o de há três anos, poderia comprová-lo.”

A opção dos palestinos em eleger um grupo apoiado no fundamentalismo religioso, pode ser vista como uma nova tentativa da sociedade em buscar resoluções para a sua causa, já que os anos liderados pelo Fatah, de origem secular, nunca obteve sucesso efetivo em suas negociações.

O que aconteceu pós-eleições foi o total desrespeito ocidental contra a soberania dos palestinos. Por ser considerado terrorista e desconsiderando as decisões democráticas, Israel junto de seus aliados impôs um bloqueio econômico à Faixa de Gaza, fechando suas fronteiras com o Egito, impedindo a entrada de alimentos e medicamentos, isolando ainda mais a região com maior densidade demográfica do mundo, com cerca de 1 milhão e 400 mil habitantes.

O bloqueio intensificou-se ainda mais quando o Fatah recusou-se a compor o novo governo, e ainda opôs-se a entregar parte da administração ao Hamas, gerando um conflito interno na região, que acabou com todos os membros do Fatah sendo expulsos da Faixa de Gaza.

“Por várias vezes, os líderes do Hamas sinalizaram sua disposição de filiar-se à OLP, mas os dirigentes do Fatah não aceitaram sua participação majoritária”, conta o Embaixador.

Quem saiu prejudicado dessa briga política foi mais uma vez o povo palestino, que viu seu governo fragilizado ainda mais ao ser dividido em dois pólos: um sob o comando da ANP e do Fatah na Cisjordânia, representado por Mahmoud Abbas, e outro sob o comando do Hamas e de seu primeiro-ministro Ismael Haniyeh, na Faixa de Gaza.

O modo encontrado de furar o bloqueio foi através dos túneis clandestinos ligando Gaza ao Egito, transportando através deles, além de itens básicos para manter a população, armas para o Hamas, vindas do país vizinho.

Com o fim do acordo de cessar-fogo, e a ação militar israelense em Gaza no dia 4 de novembro, o Hamas voltou a lançar seus foguetes, que atingem de 15 a 40 quilômetros de distância.

Como represália, e especula-se que seja uma manobra eleitoreira, já que as eleições em Israel se aproximam, seu exército invade em 27 de dezembro de 2008 a Faixa de Gaza por terra, e através de ataques aéreos com o objetivo de acabar com todos os membros do Hamas.

A operação ganha formato de massacre étnico, já que a desigualdade armamentista frente ao conflito é gritante. Durante os mais de 20 dias da nova ocupação, 1.300 palestinos morrem, do lado israelense são 13. De todos os lados as mortes são lamentáveis.

“Eu não apoio ações violentas do Hamas, no entanto consigo compreender um jovem que coloca dinamite no seu corpo porque teve sua casa destruída por um bombardeio, sua mãe estuprada por soldados, e seu pai preso e torturado. Que perspectiva esse jovem tem?” desabafa Lejeune Mirha.

As resoluções do conflito

Depois de muito diálogo no campo da diplomacia, liderados pela França com apoio do Egito, Israel optou no último dia 18 de janeiro, dois dias antes da posse de Barack Obama, por um cessar-fogo unilateral, reivindicado o fechamento dos túneis clandestinos.

Os Estados Unidos permaneceram quietos durante todo o período da ocupação, e o presidente Barak Obama disse apenas que os Estados Unidos não poderia ter duas vozes – pois na ocasião ele ainda não tinha sido empossado – decepcionando parte do mundo, e alertando ao novo presidente que a questão palestina terá que ser prioridade em sua agenda.

Em um primeiro momento a liderança do Hamas não aderiu ao cessar fogo, já que a sua luta é pela abertura total das fronteiras, mas depois cedeu e declarou que irá parar de lançar os foguetes durante sete dias.

O debate no mundo árabe sobre a paz é divergente, a proposta da ANP é a de que Israel recue para as fronteiras de 1967, fazendo o território palestino voltar aos 22%, desocupem todas as colônias na Cisjordânia, permitam a volta dos refugiados, e declarem a parte oriental da Jerusalém como a capital palestina.. Já para o Hamas essas reivindicações sinalizariam apenas uma trégua. Israel se opõe a todos esses aspectos.

A filósofa judia - alemã, Hannah Arendt, refugiada nos Estados Unidos na perseguição nazista, dedicou grande parte de sua obra estudando a questão da liberdade e sua repressão nos momentos que emergem regimes totalitários. Certa vez Arendt escreveu que “a essência dos Direitos Humanos, é o direito a ter direitos”, e o que se notou durante toda a história, ainda mais nesse último mês de janeiro, é que o poder imperialista nega ao povo palestino o direito a terra, e nela serem cidadãos.

*Camila Martins é socióloga e repórter na revista Caros Amigos.

Fonte: Caros Amigos

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