:: Por Luciano Martins Costa | |
O Estado de S.Paulo, a Folha e o Globo resolveram passar o pente fino no Congresso Nacional, para dar aos seus leitores uma idéia mais clara do parque temático em que Brasília se transformou. É a Brasilialândia. A minissérie dos desmandos começou no sábado (25/4), quando os três jornais alinharam algumas descobertas. Primeiro, constatou-se que, além de presentear parentes e amigos com passagens aéreas das cotas destinadas a viagens entre a capital federal e suas bases parlamentares, muitos deputados costumavam vender bilhetes através de uma agência de turismo. O esforço de reportagem também revelou que os gastos com passagens aéreas e outras despesas de viagem nos três poderes federais aumentaram 56% no primeiro trimestre deste ano, em que sabidamente o resto do mundo enfrenta grave crise financeira. Ainda no sábado, o leitor ficou sabendo que os senadores e seus familiares têm direito a um benefício que o brasileiro comum nem consegue imaginar: eles possuem seguro-saúde vitalício. Finalmente, no sábado, a revelação de que o ex-diretor de Recursos Humanos do Senado João Carlos Zoghbi havia usado sua ex-babá como "laranja" para receber mais de 2 milhões de reais em empréstimos abria o véu sobre outra vertente de escândalos, ainda não devidamente desvendada pela imprensa: falcatruas com o crédito consignado para funcionários do Legislativo. Reforma estrutural O domingo inaugurou as tentativas canhestras de alguns parlamentares de defender publicamente seus privilégios. Foram soterrados por novas revelações da imprensa. Uma delas: os benefícios que recebem chegam a triplicar os ganhos de deputados e elevam os vencimentos reais dos senadores a até 120 mil reais por mês. Um destaque, como uma espécie de "honra ao mérito" entre os descalabros constatados no Congresso: registro especial para o deputado Eugênio Rabelo (PP-CE), que comprou com dinheiro da Câmara 77 passagens aéreas para atletas e dirigentes do Ceará Sporting Club. Mas, diria o último dos eleitores que ainda acredita nos seus representantes, pelo menos eles trabalham, eles produzem leis. Não. No meio da enxurrada de denúncias, ainda ficamos sabendo que, neste ano, a Câmara dos Deputados votou somente quatro projetos de lei. O trabalho da imprensa não deixa dúvida de que não há paliativo possível. O Poder Legislativo precisa urgente de uma reforma estrutural. Mas, começar por onde? E quem vai fazer a faxina, se os faxineiros são os mesmos que produzem e vivem do lixo institucional? Fonte: Observatório da Imprensa :: |
Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres
Em 2010, a Marcha Mundial das Mulheres vai organizar sua terceira ação internacional. Ela será concentrada em dois períodos, de 8 a 18 de março e de 7 a 17 de outubro, e contará com mobilizações de diferentes formatos em vários países do mundo. O primeiro período, que marcará o centenário do Dia Internacional das Mulheres, será de marchas. O segundo, de ações simultâneas, com um ponto de encontro em Sud Kivu, na República Democrática do Congo, expressará a solidariedade internacional entre as mulheres, enfatizando seu papel protagonista na solução de conflitos armados e na reconstrução das relações sociais em suas comunidades, em busca da paz.
O tema das mobilizações de 2010 é “Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”, e sua plataforma se baseia em quatro campos de atuação sobre os quais a Marcha Mundial das Mulheres tem se debruçado. Os pontos são: Bem comum e Serviços Públicos, Paz e desmilitarização, Autonomia econômica e Violência contra as mulheres. Cada um desses eixos se desdobra em reivindicações que apontam para a construção de outra realidade para as mulheres em nível mundial.
Estão previstas também atividades artísticas e culturais, caravanas, ações em frente a empresas fabricantes de armamentos e edifícios da ONU, manifestações de apoio às ações da MMM em outros países e campanhas de boicote a produtos de transnacionais associadas à exploração das mulheres e à guerra.
No Brasil
A ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil acontecerá entre os dias 8 e 18 de março e será estruturada no formato de uma marcha, que vai percorrer o trajeto entre as cidades de Campinas e São Paulo. Serão 3 mil mulheres, organizadas em delegações de todos os estados em que a MMM está presente, numa grande atividade de denúncia, reivindicação e formação, que pretende dar visibilidade à luta feminista contra o capitalismo e a favor da solidariedade internacional, além de buscar transformações reais para a vida das mulheres brasileiras.
Serão dez dias de caminhada, em que marcharemos pela manhã e realizaremos atividades de formação durante à tarde. A marcha será o resultado de um grande processo de mobilização dos comitês estaduais da Marcha Mundial das Mulheres, que contribuirá para sua organização e fortalecimento. Pretendemos também estabelecer um processo de diálogo com as mulheres das cidades pelas quais passaremos, promovendo atividades de sensibilização relacionadas à realidade de cada local.
Para participar
A mobilização e organização para a ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil já começou. Entre os dias 15 e 17 de maio, a Marcha realizou um seminário nacional, do qual participaram militantes de 19 estados (AM, AP, AL, BA, CE, DF, GO, MA, MS, MG, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RO, RS e SP), além de mulheres representantes de movimentos parceiros como ANA, ASA, AACC, CONTAG, MOC, MST, CUT, UNE e Movimento das Donas de Casa). Este seminário debateu e definiu as diretrizes da ação de 2010.
Os comitês estaduais da MMM saíram deste encontro com tarefas como arrecadação financeira, seminários e atividades preparatórias de formação e mobilização, na perspectiva de fortalecimento dos próprios comitês e das alianças entre a Marcha Mundial das Mulheres e outros movimentos sociais. Neste momento, estão sendo realizadas plenárias estaduais para a formação das delegações e organização da atividade.
Para participar, entre em contato com a Marcha Mundial das Mulheres em seu estado (no item contatos) ou procure a Secretaria Nacional, no correio eletrônico marchamulheres@sof.org.br ou telefone (11) 3819-3876.
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