por Leticia Freire, do Mercado Ético
Desastres naturais sempre aconteceram. Desde a mitológica Atlântida ao Vesúvio de Pompéia, sabe-se que pessoas morrem em conseqüência de eventos extremos. No século 21, as coisas estão ficando mais quentes e mais rápidas. Segundo relatório “Direito de sobreviver”, da ONG Oxfam, quase 250 milhões de pessoas ao redor do mundo já sofrem com fenômenos naturais. A menos que uma ação mundial seja elaborada, o número de pessoas atingidas em média será de 375 milhões já em 2015, superando a capacidade de ajuda das agências humanitárias.
Segundo a Oxfam, o número de afetados por desastres naturais deve aumentar em mais de 50% até 2015. O relatório afirma que, se as projeções estatísticas se confirmarem, os sistemas de apoio humanitário não terão condições de atender a todos, pois as agências ficarão sobrecarregadas pelo excesso de vítimas de inundações, tempestades e secas.
A ONG, que combate a pobreza em diversas partes do mundo, usou dados do centro de pesquisa belga CRED, que há trinta anos coleta estatísticas sobre o impacto de catástrofes naturais no mundo, como secas e enchentes. Os números do CRED mostram que, entre 1998 e 2007, cerca de 243 milhões de pessoas por ano foram afetadas por catástrofes naturais. Os dados indicam um progressivo aumento na incidência desse tipo de problema.
O diretor da Oxfam, Rob Bailey, disse à BBC News que as agências humanitárias não precisam apenas de mais dinheiro, mas que é preciso melhorar a forma como este dinheiro é gasto. O grupo pede que os recursos sejam gastos de forma imparcial, e não de acordo com interesses políticos. “Nós precisamos nos certificar de que este dinheiro é gasto de melhores formas”, disse.
“No momento, as pessoas pobres no mundo em desenvolvimento que enfrentam desastres naturais estão quase que participando de uma loteria em escala global.”
Segundo Bailey, há uma grande disparidade na forma que o dinheiro chega às agências humanitárias. Ele disse que foram gastos em média US$ 1,2 mil por vítima do tsunami de 2004 na Ásia. No entanto, o gasto por pessoa com as vítimas da recente crise humanitária no Chade foi de apenas US$ 23, em média.
Fonte: Mercado Ético
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Um comentário:
oi Alê!
bacana seu site!
obrigado! ajuda bastante.
abraço!
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