domingo, 5 de abril de 2009

A tortura na ditabranda

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FOLHA - A sra. faz algum mea-culpa pela opção pela guerrilha?
DILMA
- Não. Por quê? Isso não é ato de confissão, não é religioso. Eu mudei. Não tenho a mesma cabeça que tinha. Seria estranho que tivesse a mesma cabeça. Seria até caso patológico. As pessoas mudam na vida, todos nós. Não mudei de lado não, isso é um orgulho. Mudei de métodos, de visão. Inclusive, por causa daquilo, eu entendi muito mais coisas.

FOLHA - Como o quê?
DILMA
- O valor da democracia, por exemplo. Por causa daquilo, eu entendi os processos absolutamente perversos. A tortura é um ato perverso. Tem um componente da tortura que é o que fizeram com aqueles meninos, os arrependidos, que iam para a televisão. Além da tortura, você tira a honra da pessoa. Acho que fizeram muito isso no Brasil. Por isso, minha filha, esse seu jornal não pode chamar a ditadura de ditabranda, viu? Não pode, não. Você não sabe o que é a quantidade de secreção que sai de um ser humano quando ele apanha e é torturado. Porque essa quantidade de líquidos que nós temos, o sangue, a urina e as fezes aparecem na sua forma mais humana. Não dá para chamar isso de ditabranda, não.

Clique aqui para ler a íntegra.

Fonte: Luis Nassif Online

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2 comentários:

Anônimo disse...

Alê!
Os vídeos são maravilhosos e de muito bom gosto, mas infelizmente ficam em cima de boa parte dos textos ao lado.
Parabéns pelo blog!
Abraço!!!

Alexandra Peixoto disse...

Valeu, vou endireitar tudo e passar os vídeos para o blog DJ Alê. Quem quiser assistir, tem que ir até lá. Porque o Boca é fundamentalmente textos, e dos bons, né?