primeira vez 44 fotografias em resposta à demanda apresentada pelo ACLU em 2004, amparado na lei da liberdade de informação.
As novas imagens, segundo o grupo, são importantes para ajudar o público a entender a amplitude e a escala do abuso contra os prisioneiros, assim como para responsabilizar altos oficiais por autorizar ou permitir tais abusos.
Uma carta do Departamento de Justiça americano à corte federal afirma ainda que um "número substancial" de outras imagens estão sendo processadas para divulgação.
O advogado do ACLU, Amrit Singh, afirmou que as fotografias são prova visual dos abusos contra os prisioneiros e de que o comportamento não era exceção e vai além das paredes da prisão de Abu Ghraib.
Os casos de tortura praticados por militares americanos na prisão iraquiana foram divulgadas pela primeira vez em 2003, ano em que teriam ocorrido. Em 2004, a prisão ganhou destaque internacional com a divulgação de fotografias que mostravam presos sendo humilhados e abusados por militares americanos. Em 2006, a rede de televisão australiana SBS divulgou outras imagens de presos sendo torturados.
O governo Bush negou a divulgação das imagens, argumentando que alimentaria o escândalo e violaria as obrigações dos EUA com os prisioneiros, segundo as Convenções de Genebra.
Relatório
Nos últimos dias, o governo Obama divulgou relatórios do governo Bush com permissão do uso de técnicas de tortura para a CIA (agência de inteligência americana).
No documento, a agência descreve os efeitos de, por exemplo, simular afogamento do preso, proibi-lo de dormir e obrigá-lo a ficar em uma posição desconfortável por diversas horas. A CIA conclui que essas e outras técnicas não configuram tortura e autoriza sua aplicação.
O Senado americano, em inquérito, concluiu que, em 2002, a então secretária de Estado Condoleezza Rice se encarregou, pessoalmente, de garantir a aprovação do uso da técnica de afogamento simulado, o chamado "waterboarding", contra o suposto terrorista da rede Al Qaeda Abu Zubaydah. Um porta-voz de Rice preferiu não comentar as revelações.
Mesmo com a revelação sobre a real participação de Rice, permanece em aberto a questão central sobre quem, dentro do governo Bush, levantou pela primeira vez a ideia de utilizar o "waterboarding" e outras táticas brutais contra os detidos por terrorismo nos meses que seguiram os ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA.
Apesar de ter condenado e proibido o uso destas técnicas logo no começo de seu governo, o presidente Obama rejeita os pedidos insistentes dos democratas por uma comissão independente de julgamento dos agentes.
Segundo o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, Obama determinou que uma comissão não partidária "não parecia funcional neste caso".
Analistas apontam que a resistência de Obama à uma investigação mais profunda e a condenação de agentes pode prejudicar sua imagem diante de um tema tão sensível. O presidente, contudo, pode perder apoio dos republicanos ao aprofundar um caso que impõe assuntos legais e constitucionais complicados, pode levar anos para ser resolvido e envolver grandes --e ainda influentes- nomes do governo anterior.
Da Folha Online
Meus comentários: Ninguém será punido. Eles guardam seus terroristas, protegem seus criminosos de guerra e torturadores legalizados.
Fonte: Bodega Cultural
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