Saiu na Folha (*), capa e pág A8.
Grupo de Dilma na clandestinidade, nos anos da intervenção militar, planejava sequestrar Delfim Netto, segundo informação de um dirigente do grupo a que Dilma pertencia, a VPR, Vanguarda Popular Revolucionária e VAR Palmares.
Na pág. A10, há uma entrevista de Dilma Rousseff em que a Ministra Chefe da Casa Civil e provável candidata do PT à presidência da República nega DUAS vezes que tenha tomado conhecimento do plano para sequestrar Delfim Netto. Ao fim da entrevista, se trava o seguinte diálogo com a repórter Fernanda Odilla:
Folha (*) – De qualquer forma, obrigada por tocar nesse assunto tão delicado …
Dilma – Eu estou te fazendo uma negativa peremptória. Para mim, não disseram (que planejavam seqüestrar Delfim), tá ?
Não adiantou nada.
A Folha (*) acusa a Ministra na primeira página e na página A8, e, na hora de “ouvir o outro lado”, omite a “negativa peremptória”.
O título de página da entrevista (Pág. A10 é: “Aos 19, 20 anos, achava que eu estava salvando o mundo – Dilma diz não ter a mesma cabeça da época em que era guerrilheira, mas se orgulha de não ter mudado de lado, e sim de métodos.”
Ou seja: e a acusação implícita: Dilma ia sequestrar Delfim ?
Cadê a resposta da Dilma ?
por Paulo Henrique AmorimA reportagem tem a finalidade de provocar o “medo” em Regina Duarte e as “mal-amadas” (**) de Higienópolis.Esse truque - dizer que o Lula comia criancinhas - resultou em duas vitórias esmagadoras de Lula, pela mesma margem de 61% a 39% - contra Serra e Geraldo Alckmin.Lula não come criancinha nem a Dilma. Mas, a Regina Duarte vai ficar com medo, de novo. E por que a Folha (*) não faz o mea-culpa ? Mudou de ideias ou de métodos ? Ou nenhum dos dois ? Por que a Folha (*) não confessa que usava os carros de reportagem para ajudar a torturar presos políticos como a Dilma ? E sobre o José Serra ? Por que ele foi para o exílio ? Foi para se formar em economia (clique aqui para ler que Serra diz que é mas não é economista) ? O que fez no Chile, quando se tornou (mais ou menos) amigo de Márcio Moreira Alves (clique aqui para ler sobre uma forma de impostura). O que Zé Pedágio pensava quando era presidente da UNE ? O que ele disse no comício da Central, dias antes da queda de Jango, o presidente constitucionalmente eleito? Qual era o ideário da AP, a que Serra pertencia e com a qual se elegeu presidente da UNE ? Era menos “perigoso” que o da VAR Palmares ? Ou Serra pretendia derrubar os militares com meia dúzia de idéias – como as que pôs em prática, depois, como a privatização e a compra de ambulâncias super-faturadas ? Por que a Folha (*) não vai ao passado de Serra nos anos militares ? Para não assustar a Regina Duarte ? Ou será por que o Serra mudou de lado, mas não mudou os métodos ? |
Clique aqui para acompanhar os passos de Serra no comício da Central, quando defendeu a privatização da CESP, um vídeo que ele escondeu das “mal-amadas” de Higienópolis
(*) Já estava na hora de a Folha tirar os cães de guarda do armário e confessar que foi “Cão de Guarda” do regime militar. Instigado pelo Azenha – clique aqui para ir ao Viomundo – acabei de ler o excelente livro “Cães de Guarda – jornalistas e censores do AI-5 à Constituição de 1989”, de Beatriz Kushnir, Boitempo Editorial, que trata das relações especiais da Folha (e a Folha da Tarde) com a repressão dos anos militares. Octavio Frias Filho, publisher da Folha (da Tarde), não quis dar entrevista a Kushnir.
(**) “Mal-amadas” era como a Última Hora de Samuel Wainer chamava aquelas senhoras de classe média, do Clube da Lanterna, que apoiavam o Carlos Lacerda, e depois marcharam contra Jango. As “mal-amadas” são as mesmas, os métodos são os mesmos, mas a UDN de hoje não tem Carlos Lacerda. E a Última Hora, o regime militar tratou de fechar …
Fonte: Conversa Afiada::
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