domingo, 19 de abril de 2009

O jornal nacional não leva Dantas a sério. A Folha (*) leva

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Nem o Bonner aguenta mais as mentiras do Dantas

Nem o Bonner aguenta mais as mentiras do Dantas


por Paulo Henrique Amorim

. Um amigo navegante sugeriu que o Conversa Afiada fizesse uma comparação do tratamento que o jornal nacional e a Folha (*) dispensaram ao banqueiro condenado Daniel Dantas no espetáculo circense da CPI dos Amigos de Dantas.

. Dantas se enforcou, ao admitir que sabia quem era Chicaroni e que usou o advogado Wilson Mirza para se aproximar de policiais federais.

. Leia “Dantas se enforcou e pode ter enforcado os advogados também”

. O jornal nacional exibiu o flagrante da ação controlada em que um agente de Dantas subornava um agente federal.

. Alto e claro.

. Um fato novo, que só o presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas, segundo Ricardo Noblat, não considerou que merecesse prender Dantas e lhe concedeu um segundo HC, em 48 horas, provavelmente um record mundial: dois HCs em 48 horas, a um mesmo banqueiro (se ainda fossem dois …).

. No espetáculo circense da sessão da CPI dos Amigos de Dantas, Dantas disse que o áudio do material exibido pelo jornal nacional foi manipulado, porque vídeo e áudio estavam separados.

. Veja você amigo navegante, o Dantas pensa que é esperto.

. Áudio e vídeo são sempre separados e mixados, depois, para exibição.

. Mas, estarão sempre separados, para que se aproveite, depois, um e outro, sem um ou outro.

. Elementar, meu caro Dantas.

. E foi o que o Wlliam Bonner disse num editorial: o jornal nacional sempre apresentou áudio e vídeo separados e jamais foram manipulados …

. Ou seja, Bonner diz que o jornal nacional não põe um vídeo e um áudio diferente daquele vídeo.

. Resumo da ópera: nem o jornal nacional leva Dantas a sério.

. Não é o caso da Folha (*).

. Na sexta-feira, na pág., A4, na coluna Painel (que dispensa tratamento especial a Zé Pedágio) também notou que Dantas se deixara enforcar na CPI.

. Timidamente, quase com elegância, a colonista (**) Renata Lo Prete deu o título: “Escorregou”.

. (Quer dizer, o “brilhante” mente e, para a Folha (*), escorrega…)

. A nota do “escorregão” trata da confissão de que Dantas mandou subornar o agente federal.

. A nota do “escorregão” tem 13 linhas com a letra num corpo 14, provavelmente.

. Neste sábado, um agente do Sistema Dantas de Comunicação publicou no Painel do Leitor, na pág. A3 da Folha (*) um “desmentido”.

. A carta do desmentidor tem 31 linhas com letras em corpo 10, digamos.

. Ou seja, o desmentido do “brilhante” é maior do que o “escorregão”.

. Como diz o deputado serrista Marcelo Lunus Itagiba, para tentar melar a Operação Satiagraha e salvar a pele de Dantas: não há heróis nessa história…


(*) Já estava na hora de a Folha tirar os cães de guarda do armário e confessar que foi “Cão de Guarda” do regime militar. Instigado pelo Azenha – clique aqui para ir ao Viomundo – acabei de ler o excelente livro “Cães de Guarda – jornalistas e censores do AI-5 à Constituição de 1989”, de Beatriz Kushnir, Boitempo Editorial, que trata das relações especiais da Folha (e a Folha da Tarde) com a repressão dos anos militares. Octavio Frias Filho, publisher da Folha (da Tarde), não quis dar entrevista a Kushnir.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

Fonte: Conversa Afiada

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