segunda-feira, 6 de abril de 2009

Juiz afastado acusa Sarney de impedir pobre de ter acesso à luz elétrica

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Juiz que desafiou clã Sarney: aposentado aos 42 anos

Juiz que desafiou clã Sarney: aposentado aos 42 anos

O juiz Jorge Moreno, de 42 anos, acaba de ser aposentado compulsoriamente pelo Tribunal de Justiça do Maranhão. O crime de Moreno foi contrariar o clã Sarney, que o acusou dar sentenças com finalidade político-partidária na comarca de Santa Quitéria, onde ele atua.

“O processo não tem nenhuma prova disso e eu não sou filiado a partidos”, afirma o juiz, que foi impedido de atuar em um processo relatado pela desembargadora Nelma Sarney, prima do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A denúncia coube ao deputado pefelista Max Barros, que foi secretário estadual no governo de Roseana, filha de Sarney.

Para o juiz Moreno, o que provocou os donos do poder local foi a atuação dele para fazer de Santa Quitéria um município em que todos os habitantes têm certidão de nascimento. Um dado raro considerando-se que dois terços dos maranhenses, o que equivale a dois milhões de pessoas, não possuem o documento. Sem ele, não conseguem acesso ao Luz para Todos, programa federal de universalização do acesso à energia elétrica, Bolsa Família e aposentadoria.

Moreno argumenta que a oferta de certidão de nascimento é explorada eleitoralmente pelos poderosos. “Os políticos locais sempre se colocaram como intermediários entre a população e os serviços públicos.

Ouça a entrevista do Jorge Moreno e aguarde a transcrição da íntegra.

Parte 1

Parte 2

Fonte: Conversa Afiada

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