sexta-feira, 24 de abril de 2009

Até quando a humanidade continuará omissa?

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Charge de Carlos Latuff

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por Georges Bourdoukan


O primeiro ministro de Israel reafirmou mais uma vez que os palestinos precisam reconhecer que Israel é um estado judeu.

Sem esse reconhecimento, não há negociação.

Isso não é racismo?

Antes, os dirigentes israelenses diziam que bastava aos palestinos reconhecerem o estado de Israel e tudo seria resolvido.

Os palestinos reconheceram Israel, mas até agora Israel recusa-se a reconhecer os palestinos.

Como Estado, diga-se, porque como povo, os israelenses reconhecem os palestinos apenas como cobaias para teste de novas armas.

É importante ressaltar, como já se disse inúmeras vezes, não são só bombas, tanques e foguetes que matam palestinos.

A fome mata palestinos.

As doenças matam palestinos.

A falta de água mata palestinos.

A humilhação mata palestinos.

Mas voltemos à exigência de se reconhecer Israel como estado judeu.

Será isso suficiente?

Quem responde é Gideon Levi, em artigo publicado no jornal israelense Haaretz e neste blog. Leiam o que ele diz sobre a citada exigência:

“Depois de Israel ter sido reconhecido como Estado judeu, ninguém duvide de que começará a exigir que todos reconheçam o sábado como dia de descanso; depois, talvez comece a exigir que os palestinos reconheçam a lei que proíbe usar fermento no Pessah”.

Gideon prossegue: E de quem, afinal, Israel exige reconhecimento? Dos mesmos que há mais de 40 anos gemem sob os coturnos da ocupação... por Israel(...)O único reconhecimento hoje necessário é Israel reconhecer os palestinos como seres humano.

A verdade é uma só. Depois de 60 anos de ocupação, opressão e crueldade, os dirigentes israelenses não pensam, não aceitam e não pretendem negociar com os palestinos. Para isso, contam com a complacência e omissão da humanidade.

Até quando?

Fonte: Blog do Bourdoukan

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