
Charge de Carlos Latuff
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por Georges Bourdoukan
O primeiro ministro de Israel reafirmou mais uma vez que os palestinos precisam reconhecer que Israel é um estado judeu.
Sem esse reconhecimento, não há negociação.
Isso não é racismo?
Antes, os dirigentes israelenses diziam que bastava aos palestinos reconhecerem o estado de Israel e tudo seria resolvido.
Os palestinos reconheceram Israel, mas até agora Israel recusa-se a reconhecer os palestinos.
Como Estado, diga-se, porque como povo, os israelenses reconhecem os palestinos apenas como cobaias para teste de novas armas.
É importante ressaltar, como já se disse inúmeras vezes, não são só bombas, tanques e foguetes que matam palestinos.
A fome mata palestinos.
As doenças matam palestinos.
A falta de água mata palestinos.
A humilhação mata palestinos.
Mas voltemos à exigência de se reconhecer Israel como estado judeu.
Será isso suficiente?
Quem responde é Gideon Levi, em artigo publicado no jornal israelense Haaretz e neste blog. Leiam o que ele diz sobre a citada exigência:
“Depois de Israel ter sido reconhecido como Estado judeu, ninguém duvide de que começará a exigir que todos reconheçam o sábado como dia de descanso; depois, talvez comece a exigir que os palestinos reconheçam a lei que proíbe usar fermento no Pessah”.
Gideon prossegue: E de quem, afinal, Israel exige reconhecimento? Dos mesmos que há mais de 40 anos gemem sob os coturnos da ocupação... por Israel(...)O único reconhecimento hoje necessário é Israel reconhecer os palestinos como seres humano.
A verdade é uma só. Depois de 60 anos de ocupação, opressão e crueldade, os dirigentes israelenses não pensam, não aceitam e não pretendem negociar com os palestinos. Para isso, contam com a complacência e omissão da humanidade.
Até quando?
Fonte: Blog do Bourdoukan
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