sábado, 3 de outubro de 2009

Poluição da Lagoa Rodrigo de Freitas diminuiu

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da redação Revista Sustenta

O nível de coliformes fecais (bactérias presentes em fezes animais) da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, diminuiu significativamente depois de ações da Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) para reverter sua degradação. Há três anos o índice era de 16 mil coliformes a cada 100 ml de água, e agora oscila entre mil e 1,7 mil, de acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). O atual nível é adequado para prática de esportes aquáticos, mas não para banhos.

Fátima Soares, gerente de qualidade ambiental do Inea, afirma ao jornal Folha de S. Paulo que o objetivo não é criar área de banho, o que poderia trazer mais lixo para a lagoa. “O que queremos é um ambiente ecologicamente saudável e com uma comunidade fitoplanctônica com maior número de espécies", diz.

O trabalho para reverter a degradação recebeu investimento de R$ 150 milhões e já reformou oito estações elevatórias que bombeiam o esgoto da região para o emissário submarino de Ipanema, que por sua vez o despeja em alto mar. Algumas dessas elevatórias, inauguradas na década de 1950, nunca tinham recebido intervenção e eram responsáveis por vazamentos na lagoa. Também foi reconstruída a galeria de cintura, uma rede de tubulações que recolhe o esgoto escorrido indevidamente pela rede pluvial para a Lagoa. Há também uma fiscalização de despejos irregulares, que já localizou mais de 200 ligações irregulares e ajudou a diminuir a concentração das bactérias. A inspeção é feita por uma câmera, acoplada a um robô que percorre a rede subterrânea do local.

Apesar de terem melhorado a qualidade da água, as ações ainda não foram suficientes para recuperar o ecossistema da Lagoa. A grande concentração de nutrientes, originados pela decomposição de matéria orgânica trazida pelo esgoto e pelas chuvas, causa o desenvolvimento de algas. O oxigênio produzido por elas, porém, é vai para a atmosfera. Com baixo índice de O2, a vida dos peixes fica ameaçada.

Fonte: Revista Sustenta

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