terça-feira, 27 de outubro de 2009

Racismo faz mal à saúde

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Seminário discute impactos do racismo no acesso à saúde

por Flávia Villela, repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Com o slogan “Racismo Faz Mal à Saúde”, o Fórum Estadual de Saúde da População Negra no Rio de Janeiro, em parceria com a Prefeitura de São João de Meriti, realiza hoje (27) o 2º Seminário Estadual de Saúde da População Negra do Rio de Janeiro.

O evento ocorre no Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra, com a participação da sociedade civil, gestores, profissionais e conselheiros da área de saúde. Segundo a coordenadora da organização não governamental Coletivo de Mulheres Negras do Rio, Vilma Piedade, as desigualdades raciais em saúde e as estratégias de mudanças norteiam as discussões.

“Existe sim um racismo institucional no país. Há no SUS [Sistema Único de Saúde] atendimento diferenciado de acordo com a cor da pessoa. E os índices da saúde apontam essa diferença. É por isso que lutamos para fortalecer a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, para diminuir as iniquidades no acesso à saúde.”

De acordo com o Ministério da Saúde, grávidas indígenas, negras e adolescentes apresentam um menor percentual de consultas de pré-natal quando comparadas às mães brancas ou àquelas com 20 anos ou mais de idade. O risco de morte por tuberculose é 63% maior entre negros do que entre brancos.

Para as crianças negras com menos de 1 ano de idade, o risco de morte por doenças infecciosas supera em 43% o apresentado para as crianças brancas. Situações como essas podem indicar dificuldades de acesso aos serviços de saúde, diagnóstico tardio, ausência de tratamento, entre outros problemas enfrentados pela população negra.

Fonte: Vi o Mundo

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