Universalização da banda larga é com dinheiro do Estado. No mundo inteiro
por Paulo Henrique Amorim
A respeitada revista Teletime de outubro publica, na página 22, artigo do excelente Samuel Possebon sobre experiências internacionais para universalizar o acesso à banda larga:
“Modelo canguru – Austrália é o país que deu o maior salto para universalizar a banda larga. Plano envolve uma estatal e investimentos equivalentes a R$ 65 bilhões”.
O Governo Lula já tomou a decisão de meter a mão na universalização da banda larga, através da rede de infra-estrutura da Eletronet (além da infra-estrutura da Petrobrás).
Possebon demonstra que quase duas dezenas de países desenvolvem, neste momento, programas de universalização da banda larga.
“O que se percebe é um movimento em que a atuação estatal ganha força, seja como operador, ou investidor na implantação das políticas”.
O exemplo mais eloquente é o da Coréia do Sul, em que o Governo investiu US$ 3 bilhões, no ano 2000, para financiar empresas e, hoje, 95% dos lares estão cobertos por banda larga.
Possebon mostra ainda que, no momento, a experiência mais significativa é da Austrália, em que o Governo pretende criar uma rede nacional de banda larga com uma empresa estatal que vai induzir investimentos equivalentes a R$ 65 bilhões.
Aqui no Brasil, como se sabe – clique aqui para ler no Conversa Afiada – o independente Ministro das Comunicações, Helio Costa, parece especialmente inclinado a concordar com os pleitos das operadoras privadas de telefonia.
As telefônicas querem evitar a entrada do Governo no negócio (para não sofrer concorrência).
E, se elas próprias tiverem que entrar, converter a “universalização” ao “universo” dos mercados ricos.
E deixar os pobres nas costas do Governo.
E elas e o independente Ministro acham que ninguém percebe.
Nem o Possebon …
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