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por Luiz Carlos Azenha - fonte: Vi o Mundo
Nos próximos dias saberemos qual a postura das empresas jornalísticas que tiveram acesso aos dados que comprovavam o vazamento das provas do ENEM.
Sabemos, por exemplo, que o jornal O Estado de S. Paulo notificou o Ministério da Educação, dando ciência de que tinha dados comprovando o crime.
O portal R7, da Record, para a qual trabalho, divulgou o áudio da conversa do repórter com um dos homens que ofereciam o material por 500 mil reais.
É importante que os repórteres que tiveram contato com os "vazadores" não caiam na besteira de alegar sigilo de fonte quando forem chamados a depor pela Polícia Federal.
Vai ser mole chegar à origem do vazamento, desde que os repórteres colaborem com a polícia.
E não há nenhum motivo para que não o façam.
Trata-se de um crime. E auferir lucro com o resultado de um crime é, igualmente, criminoso.
O maior incentivo para o mercado paralelo de dossiês e para a arapongagem ilegal no Brasil é justamente essa expectativa de que se pode ganhar dinheiro com o produto dela.
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