sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Repórter não pode proteger quem tenta lucrar com o crime

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por Luiz Carlos Azenha - fonte: Vi o Mundo


Nos próximos dias saberemos qual a postura das empresas jornalísticas que tiveram acesso aos dados que comprovavam o vazamento das provas do ENEM.

Sabemos, por exemplo, que o jornal O Estado de S. Paulo notificou o Ministério da Educação, dando ciência de que tinha dados comprovando o crime.

O portal R7, da Record, para a qual trabalho, divulgou o áudio da conversa do repórter com um dos homens que ofereciam o material por 500 mil reais.

É importante que os repórteres que tiveram contato com os "vazadores" não caiam na besteira de alegar sigilo de fonte quando forem chamados a depor pela Polícia Federal.

Vai ser mole chegar à origem do vazamento, desde que os repórteres colaborem com a polícia.

E não há nenhum motivo para que não o façam.

Trata-se de um crime. E auferir lucro com o resultado de um crime é, igualmente, criminoso.

O maior incentivo para o mercado paralelo de dossiês e para a arapongagem ilegal no Brasil é justamente essa expectativa de que se pode ganhar dinheiro com o produto dela.

Aqui você pode ouvir a conversa entre o repórter do R7 e um dos vendedores do material à mídia, que se diz funcionário público


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