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Enquanto a imprensa faz um grande barulho com a resistência do governo chinês em eliminar restrições ao uso da internet, nos Estados Unidos, entrou em vigor uma norma que não fica nada a dever em matéria de atropelos aos direitos individuais. A partir de agora computadores portáteis, pen drives, MP3 e MPEG players, telefones celulares, iPods, discos duros portáteis, CDs, DVDs, fitas cassetes e cartões de memória podem ser capturados nas alfândegas norte-americanas se algum funcionário suspeitar que possam conter dados e informações consideradas ameaçadoras à segurança nacional. As novas normas baixadas pelo Departamento de Segurança Interna (Departament of Homeland Security) prevêem que equipamento sob suspeita pode ser retido e seu conteúdo pode ser copiado para distribuição entre órgãos governamentais e privados que trabalham com informações consideradas estratégicas. A medida alcança visitantes estrangeiros e cidadãos norte-americanos regressando a seu país, o que seguramente vai provocar muita preocupação entre os viajantes, principalmente os homens de negócio que usam seus computadores portáteis como um equipamento obrigatório. Caso algum deles tenha seu computador retido na alfândega todos os seus compromissos corporativos podem ser ameaçados, porque o prazo para devolução pode chegar a 25 dias. Quem faz escalas num aeroporto pode enfrentar uma dor de cabeça ainda maior. O ponto mais criticado pela imprensa norte-americana nas novas regras é o poder dado aos funcionários da imigração para decidir, por conta própria, como agir baseando-se em avaliações subjetivas do grau de suspeição. Como raramente os funcionários da imigração são desautorizados por seus superiores, eles passaram a ter poderes absolutos em relação ao ingresso de equipamentos eletrônicos com memória. A paranóia com a segurança nacional ainda continua em alta nos Estados Unidos, passados sete anos dos ataques terroristas contra as torres gêmeas em Nova York. Para evitar problemas, várias empresas estão recomendando a funcionários que não levem laptops ou equipamentos com capacidade de memória ao ingressar em território norte-americano. A opção seria alugar computadores e transferir dados via internet. A mesma recomendação pode ser dada a jornalistas que não viajam sem o seu laptop. Fonte: Observatório da Imprensa :: |
Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres
Em 2010, a Marcha Mundial das Mulheres vai organizar sua terceira ação internacional. Ela será concentrada em dois períodos, de 8 a 18 de março e de 7 a 17 de outubro, e contará com mobilizações de diferentes formatos em vários países do mundo. O primeiro período, que marcará o centenário do Dia Internacional das Mulheres, será de marchas. O segundo, de ações simultâneas, com um ponto de encontro em Sud Kivu, na República Democrática do Congo, expressará a solidariedade internacional entre as mulheres, enfatizando seu papel protagonista na solução de conflitos armados e na reconstrução das relações sociais em suas comunidades, em busca da paz.
O tema das mobilizações de 2010 é “Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”, e sua plataforma se baseia em quatro campos de atuação sobre os quais a Marcha Mundial das Mulheres tem se debruçado. Os pontos são: Bem comum e Serviços Públicos, Paz e desmilitarização, Autonomia econômica e Violência contra as mulheres. Cada um desses eixos se desdobra em reivindicações que apontam para a construção de outra realidade para as mulheres em nível mundial.
Estão previstas também atividades artísticas e culturais, caravanas, ações em frente a empresas fabricantes de armamentos e edifícios da ONU, manifestações de apoio às ações da MMM em outros países e campanhas de boicote a produtos de transnacionais associadas à exploração das mulheres e à guerra.
No Brasil
A ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil acontecerá entre os dias 8 e 18 de março e será estruturada no formato de uma marcha, que vai percorrer o trajeto entre as cidades de Campinas e São Paulo. Serão 3 mil mulheres, organizadas em delegações de todos os estados em que a MMM está presente, numa grande atividade de denúncia, reivindicação e formação, que pretende dar visibilidade à luta feminista contra o capitalismo e a favor da solidariedade internacional, além de buscar transformações reais para a vida das mulheres brasileiras.
Serão dez dias de caminhada, em que marcharemos pela manhã e realizaremos atividades de formação durante à tarde. A marcha será o resultado de um grande processo de mobilização dos comitês estaduais da Marcha Mundial das Mulheres, que contribuirá para sua organização e fortalecimento. Pretendemos também estabelecer um processo de diálogo com as mulheres das cidades pelas quais passaremos, promovendo atividades de sensibilização relacionadas à realidade de cada local.
Para participar
A mobilização e organização para a ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil já começou. Entre os dias 15 e 17 de maio, a Marcha realizou um seminário nacional, do qual participaram militantes de 19 estados (AM, AP, AL, BA, CE, DF, GO, MA, MS, MG, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RO, RS e SP), além de mulheres representantes de movimentos parceiros como ANA, ASA, AACC, CONTAG, MOC, MST, CUT, UNE e Movimento das Donas de Casa). Este seminário debateu e definiu as diretrizes da ação de 2010.
Os comitês estaduais da MMM saíram deste encontro com tarefas como arrecadação financeira, seminários e atividades preparatórias de formação e mobilização, na perspectiva de fortalecimento dos próprios comitês e das alianças entre a Marcha Mundial das Mulheres e outros movimentos sociais. Neste momento, estão sendo realizadas plenárias estaduais para a formação das delegações e organização da atividade.
Para participar, entre em contato com a Marcha Mundial das Mulheres em seu estado (no item contatos) ou procure a Secretaria Nacional, no correio eletrônico marchamulheres@sof.org.br ou telefone (11) 3819-3876.
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