quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A TECNOLOGIA COMO ARMA

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Coutinho: brasileiro usa internete de
maneira comunitária e colaborativa

A TECNOLOGIA COMO ARMA

O Conversa Afiada reproduz um trecho da entrevista que o diretor do Ibope Inteligência Marcelo Coutinho deu à revista Carta Capital desta semana.

Coutinho diz que “essa maneira comunitária, colaborativa do brasileiro de usar a rede é a ‘grande história’ da internet no País”.

Leia o trecho da entrevista de Marcelo Coutinho à Carta Capital:

É fácil medir o impacto desse jeito comunitário do brasileiro usar a internet e suas ferramentas, de aproveitar o tal do mashup – que é a combinação de diversas fontes de informação para recriar um conteúdo, como no exemplo do Fox. Vejamos o caso do Ronaldo Fenômeno.

Bastou um travesti equipado de um telefone celular fazer um pequeno vídeo com o Ronaldo na frente do motel e subir para o YouTube que passou a ser muito visualizado. Ótimo, já seria um exemplo emblemático, mas vamos além.

A Rede Bandeirantes pega estas imagens que estão no YouTube e as exibe em sua reportagem colocando o crédito lá no gerador de caracteres: “Conteúdo retirado do YouTube”. Quer dizer, uma empresa de comunicação de grande porte, com orçamento de milhões e mais milhões de reais para o seu jornalismo acaba tendo que apelar para o material produzido por um celular que custou, não sei, 300 ou 400 reais?

Pára por aí? Não, não pára. Porque alguém gravou essa reportagem da Bandeirantes para o meio digital e fez o quê? Jogou no YouTube novamente! E essa reportagem da tevê, que teve de valer-se de conteúdo produzido pelo travesti que estava lá no momento crucial da história, foi parar lá no YouTube, apropriada por um outro internauta.
E esse vídeo teve mais de 400 mil visualizações. Dá para afirmar que são mais de 400 mil pessoas que o assistiram? Não, mas dá para afirmar que não é muito menos que isso.

E é o que me faz afirmar que essa maneira comunitária, colaborativa do brasileiro de usar a rede é a “grande história” da internet no País. Mais uma vez: quantativamente, o fenômeno é impressionante, mas é no qualitativo que ele pode fazer a diferença.

Outra lição fundamental que esse episódio dá para políticos, para o mundo dos negócios, para empresas de notícias: o celular virou uma arma.

Clique aqui para ler a íntegra da entrevista no site da Carta Capital.

Clique aqui para ler "A vingança do internauta: câmera de celular sequestra um banco !"

Fonte: Conversa Afiada

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