por Luiz Carlos Azenha
Demorou, mas Barack Obama encontrou o caminho para bater de volta em John McCain. Desde ontem a campanha do senador democrata trouxe para o centro do palco o presidente George Bush e o vice-presidente Dick Cheney.
Eu havia escrito, há alguns dias, que foi um erro de Obama ter feito um comício em Berlim para alemão ver. Gastou tempo e dinheiro desnecessariamente. Fez um discurso vazio, cheio de imagens grandiosas, enquanto McCain ia às lanchonetes do interior americano falar sobre problemas reais, como a alta no preço da gasolina. Deu num estreitamento da diferença entre os dois candidatos nas pesquisas, especialmente nos tracking polls que são feitos diariamente.
Os republicanos se divertiram ontem. Obama andou dizendo que calibrar os pneus pode ajudar a economizar gasolina. É fato, mas esse tom politicamente correto de Obama é um saco e os republicanos, cientes disso, usaram o tema para dizer que era a "política de Obama para a energia". Aqui os republicanos usam um homem de rádio, Rush Limbaugh, para disseminar as suas gozações sobre o adversário.
Ontem a campanha de Obama "estreou" um novo comercial de tv, ligando John McCain diretamente a George Bush e dizendo que a política de McCain no setor de energia será uma continuação da política de Bush. Como vocês sabem, Bush Jr. é um empresário fracassado do ramo de petróleo. Hoje, em discurso, foi a vez de Obama trazer Cheney para a campanha. Lembrou aos americanos que no primeiro mandato de Bush o vice-presidente definiu a política energética depois de se reunir algumas dezenas de vezes com executivos das grandes petroleiras e empresas de energia. Até hoje a Casa Branca mantém em segredo as minutas das reuniões, alegando que o sigilo é "privilégio do Executivo".
Em outras palavras, Obama decidiu "politizar" a campanha.
Fonte: Vi o Mundo
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