sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Assim é o que lhe parece

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Marcelo Itagiba, deputado federal - PMDB-RJ

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Da Redação Carta Capital

Em 2002, o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Marcelo Itagiba, afasta o delegado Deuler Rocha e equipe do inquérito que investigava a privatização da Telebrás. Aquela em que integrantes do governo Fernando Henrique Cardoso agiram no “limite da irresponsabilidade” e “fizeram os italianos à força” (tradução: convenceram a Telecom Italia a associar-se a Daniel Dantas. Deu no que deu). A investigação empacou.

Em 2006, Itagiba elege-se deputado federal pelo PMDB. Entre os doadores de sua campanha, Dório Ferman, executivo do Banco Opportunity. Ferman, preso dois anos depois na Operação Satiagraha, doou à época 10 mil reais. De forma legal, registre-se. “Não recebi doação de aliados do senhor Dantas, mas do senhor Dório, que faz parte da comunidade judaica”, justificou o parlamentar, na quinta-feira 7.

Itagiba propõe, em 2007, a criação da CPI do Grampo, com base em uma reportagem da revista Veja sobre supostas interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal no Supremo Tribunal Federal. O tal grampo nunca foi comprovado. O único que insistiu na tese foi Gilmar Mendes, hoje presidente do STF. Como a publicação da Abril, Mendes vê um “Estado policial”.

Julho de 2008. Mendes critica abertamente a Operação Satiagraha e concede dois habeas corpus ao banqueiro Daniel Dantas.

Início de agosto. Após seis meses de um trabalho à beira da irrelevância, a CPI dos Grampos, presidida por Itagiba, resolve convocar três testemunhas polêmicas. O delegado Protógenes Queiroz e o juiz Fausto De Sanctis, responsáveis pela Satiagraha. E outro delegado, Élzio Vicente da Silva, que atuou na Operação Chacal. Ambas as ações tinham como alvo o orelhudo.

Fonte: Carta Capital

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