As ações da GM fecharam o dia em US$ 2,78, depois de chegarem a US$ 2,64, a cotação mais baixa desde 1942. O valor dos papéis da GM vem caindo desde abril de 2000, quando eles atingiram o pico de US$ 94. Doze meses atrás, valiam US$ 38.
As ações da Ford fecharam vendidas nesta quarta-feira a US$ 1,27, o que não se via há 26 anos. A Chrysler, comprada no ano passado pelo fundo de investimentos Cerberus, não é cotada na bolsa, mas seu presidente, Robert Nardelli, disse que a empresa pode quebrar.
"Três milhões de demissões"
"Sem um apoio de financiamento imediato, a liquidez da Chrysler pode cair abaixo dos níveis necessários para se manter em operação", disse Nardelli.
Richard Wagoner, presidente da GM, pintou um panorama sombrio caso o governo federal não conceda a ajuda suplementar de US$ 25 bilhões que as três gigantes automobilísticas reivindicam. "Caso se permitisse a quebra da indústria, os custos seriam catastróficos: 3 milhões de demissões no primeiro ano; redução da renda dos EUA em US$ 150 bilhões e perdas na arregadação US$ 156 bilhões", adiantou Wagoner.
GM, Ford e Chrysler estão em campanha para obter do governo federal um socorro de US$ 25 bilhões. A idéia conta com a simpatia do Partido Democrata e seu candidato presidencial eleito no dia 4, Barack Obama. Porém o presidente em fim de mandato, George W. Bush, republicano, disse que só concordaria se os democratas aprovassem outro projeto, de seu interesse, o Tratado de Livre Comércio com a Colômbia.
Recurso aos trabalhadores
As montadoras conseguiram o apoio do poderoso Sindicato dos Trabalhadores Automobilísticos (UAW). O presidente da entidade, Ron Gettelfinger, afirma que "o atual cenário é insustentável", com base nos últimos balanços das empresas. "Se o governo não atuar para oferecer ajuda imediata, a GM, a Ford e a Chrysler estão condenadas a quebrar", afirmou o sindicalista.
A GM criou até uma página na internet (http://gmfactsandfiction.com) para fazer a cabeça do público. O site, A General Motors conta como é, está recolhendo assinaturas de trabalhadores, vendedores, aposentados e fornecedores em apoio à sua reivindicação. Um vídeo, postado no YouTube, argumenta com as demissões para buscar o paraquedas que a Casa Branca reluta em fornecer.
As três empresas, mais que centenárias (exceto a Chrysler, que tem 83 anos) são consideradas como ícones do capitalismo industrial americano. Elas empregam diretamente cerca de 500 mil trabalhadores nos EUA, e um pouco menos que isto em dezenas de outros países.
Da redação Vermelho, com agências
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por Alexandra Peixoto
Comentário: esse assunto me faz lembrar de um filme que muito me indignou. Ele se chama "Quem Matou o Carro Elétrico?" e mostra como o lobby da GM, do governo neocon genocida de Bush e da indústria petroleira assassinaram o projeto do carro elétrico, na Califórnia.
Essas empresas automobilísticas junto com as petroleiras são genocidas, pois por causa delas, se adiou um projeto que tinha tudo para dar certo e se tornar um bom exemplo. Por causa dos lucros. Por causa de um lobby de indústrias que só pensam no próprio bolso e ignoram a saúde dos consumidores e o meio-ambiente.Por isso sinto pena dos que serão demitidos, pois seus patrões não tiveram coragem, nem audácia para modificar seus negócios antes de sua falência. Mas dá um gosto saber que as pessoas estão comprando menos carros. Mesmo que seja por conta da crise e não por preocupações ambientais.
Recomendo o documentário: "Quem Matou o Carro Elétrico?"

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